• Carregando...
Inaugurado em 1939 em Curitiba e inativo desde o fim de 2009, o Cine Luz ganhará nova sede neste ano, na Rua Riachuelo | Cid Destefani/Arquivo/ Gazeta do Povo
Inaugurado em 1939 em Curitiba e inativo desde o fim de 2009, o Cine Luz ganhará nova sede neste ano, na Rua Riachuelo| Foto: Cid Destefani/Arquivo/ Gazeta do Povo

Curitiba terá três novas salas

Na contramão das cidades do interior, a capital paranaense passará a ter mais dois cinemas públicos de rua.

Leia a matéria completa.

Em Campo Mourão, Cine Plaza sobrevive a incêndio, mas não à decadência

Com capacidade para 1,6 mil espectadores sentados, Cine Plaza chegou a abrigar mais de 2 mil pessoas em uma única sessão. Mas isso em 1959...

Leia a matéria completa.

Em Ponta Grossa, um último remanescente

O auditório principal do Teatro Ópera, com 700 lugares, é voltado para espetáculos de teatro, dança e música

Leia a matéria completa.

Patrimônio histórico em chamas

Cheio de histórias, Teatro Ouro Verde foi consumido por chamas há duas semanas. Personagens do patrimonio contam suas histórias.

Leia a matéria completa.

Cinema reinou em Cascavel por três décadas

Por muito tempo o cinema foi um dos principais entretenimentos da população de Cascavel. Mas o Cine Teatro Coliseu fechou as portas em 1996.

Leia a matéria completa.

Enquanto Itaipu era construída, Cine Iguaçu animava Foz

A sala que foi palco de filmes e shows memoravéis hoje dá lugar a uma igreja.

Leia a matéria completa.

  • Nos anos 80, Nelson Júnior assistiu a diversos filmes no Ópera, único cinema de rua ainda ativo em Ponta Grossa

O incêndio no antigo Cine Ouro Verde, em Londrina, trouxe à tona uma realidade preocupante para os cinéfilos do Paraná. O cinema de rua, tanto em Londrina quanto nas outras grandes cidades do interior, está praticamente extinto e sem previsão de ser recuperado. No passado, as salas de projeção que se abriam para as calçadas foram figuras importantes na vida cultural dessas cidades, mas a popularização da televisão e o surgimento dos shopping centers fizeram com que a imensa maioria virasse igreja, loja de departamento ou mesmo estacionamento. Em Curitiba, um alento: a Fundação Cultural do município (FCC) pretende reabrir três salas nos próximos anos.

Para o crítico de cinema Carlos Eduardo Lourenço Jorge, frequentador dos cinemas de rua londrinenses nos anos 80, as salas de exibição passaram por inúmeras "crises de sobrevivência", decorrentes da concorrência com a tevê e de modificações nos hábitos sociais. "Houve uma mudança de suporte, da celulose (nitrato de celulose, plástico utilizado na produção das películas de filme) para o vídeo, e as pessoas passaram a consumir cinema em casa. Só que em casa não há magia nenhuma, porque as pessoas assistem com a luz acesa e param o filme para comer", avalia.

Aos poucos, de acordo com ele, ocorreu um retorno ao cinema. "As salas se readequaram para tamanhos menores e os ‘cinemões’ deixaram de ter razão de existir", conta. Depois, com o hábito crescente dos jovens de frequentar shoppings, os cinemas começaram a migrar para esses espaços.

Segundo o diretor do Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS), Fernando Severo, os espaços multiplex têm vantagens competitivas sobre os antigos cinemas de rua, que, por esse motivo, não sobreviveram. Em primeiro lugar, eles oferecem mais praticidade ao espectador, com estacionamento próprio e espaços de lazer pré e pós-filme (cafés, livrarias, lojas). Em segundo lugar, ao contarem com várias salas, oferecem opções variadas em um só lugar. Além disso, a qualidade da projeção e o conforto dos assentos são maiores.

Esses locais, por outro lado, deixam pouco espaço para produções de fora do circuito comercial. "Eles pertencem a grandes grupos dedicados à exploração comercial do cinema", explica Severo. Segundo ele, embora a maioria dos cinemas de rua do Paraná também apresentasse finalidade comercial, havia espaço entre as grandes produções para filmes menos lucrativos. "O Plaza [em Curitiba], por exemplo, passava de blockbusters a Ingmar Bergman", relembra.

Cinemas públicos

Uma possibilidade de retomada desses ambientes culturais é a criação de cinemas sem fins lucrativos pelo poder público, como foi feito em Curitiba nos anos 80 pela FCC, e deve ocorrer novamente nos próximos anos. Fora da capital, entretanto, não há previsão de movimentos nesse sentido. Segundo Severo, o alto custo dos cinemas impede que o governo estadual crie novas salas no interior.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]