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Ainda em formação, o governo de José Serra já é palco de disputa feroz na segurança. De um lado, o atual governador, Cláudio Lembo, defende a permanência, na Administração Penitenciária, de Antônio Ferreira Pinto, cujo desempenho Serra julga positivo.

Do outro, atuam em parceria para remover o secretário o futuro titular da Justiça, Luiz Antônio Marrey, e o procurador-geral de Justiça do Estado, Rodrigo Pinho.

Se sobreviver, Ferreira Pinto fará companhia ao comandante da PM, Elizeu Eclair, cotado para ficar onde está até se aposentar, em 2007, e a Berenice Gianella.

A presidente da Febem já conversa com Marrey – a fundação é subordinada à pasta da Justiça. Falta ainda o principal: definir o secretário da Segurança. Convidado, Aloysio Nunes Ferreira disse não.

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Tapa-buraco – O destino de Aloysio Nunes será mesmo a Casa Civil, embora tanto ele quanto o vice Alberto Goldman sonhem com a Secretaria dos Transportes. Por quê? "Pelo mesmo motivo que o PMDB pede a Lula esse ministério", explica uma raposa. Adição – No governo Serra, a área da educação deverá ganhar uma nova secretaria, voltada para o ensino superior. Estarão em seu escopo as três universidades estaduais e as Fatecs. Provável titular: José Aristodemo Pinotti. Bolo no pé – Procura-se o gênio do marketing que providenciou para Geraldo Alckmin, esta semana, um bolo de aniversário decorado com a bandeira paulista. Logo para ele, que acaba de perder a eleição nacional sob o estigma de ser um produto excessivamente... paulista. Explosivo – O relatório da Aeronáutica sobre o acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas, a ser divulgado na semana que vem, não só apontará falha do controle de vôo como nomeará profissionais responsáveis, o que deverá reacender a crise entre controladores e governo. Nunca neste país – Lula fez escola. Arlindo Chinaglia (PT-SP), seu líder na Câmara e pré-candidato à presidência da Casa, declarou na sessão de quarta que "não há exemplo de qualquer governo no mundo, em qualquer época", que tenha dado reajuste maior ao salário mínimo – 13% de aumento real neste ano.

Antes neste país – O problema é que em 1995, primeiro ano de mandato de Fernando Henrique Cardoso e auge da euforia do Plano Real, o aumento real foi de 22%.

Cavalheiros – Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Agripino (PFL-RN) selaram um pacto de não-agressão para a sucessão no Senado. O pefelista garantiu ao atual presidente que não pretende "esticar a corda" na disputa. Andar de cima – Joaquim Roriz (PMDB-DF), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Francisco Dornelles (PP-RJ) conseguiram driblar a regra que veta a novatos os melhores gabinetes do Senado. Dornelles ocupará o de Saturino Braga (PT-RJ), com desenhos de Niemeyer nas paredes. Andar de baixo – Já os demais calouros receberam salas na ala Filinto Müller, escondida no andar de baixo da Casa, atrás da biblioteca e longe do plenário. Fernando Collor (PRTB-AL), que havia feito um périplo para escolher a sua, não escapou do mico. Sessão bocejo – Três senadores – José Sarney (PMDB-AP), Mão Santa (PMDB-PB) e Leomar Quintanilha (PC do B-TO) – cochilaram ontem durante o discurso do presidente do Peru, Alan García. Quintanilha tirou até os sapatos para ficar mais à vontade. Data – O senador e ex-vice-presidente da República Marco Maciel (PFL-PE) recebeu uma homenagem na quarta-feira em Recife ao completar 40 anos de vida pública.

TIROTEIO

* De senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), sobre o encontro do presidente com o deputado do PMDB, arquiinimigo do senador.

– É estranho que Lula, que gosta de tirar foto com todo mundo, não tenha tirado uma ao lado de Jader Barbalho.

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