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Violência

Clima de insegurança fecha escolas na Vila Torres

Mil alunos foram afetados por suposto “toque de recolher” | Rafael Neves/ Gazeta do Povo
Mil alunos foram afetados por suposto “toque de recolher” (Foto: Rafael Neves/ Gazeta do Povo)

Três centros de educação pertencentes ou conveniados à prefeitura de Curitiba, localizados na região da Vila Torres, no bairro Prado Velho, não funcionaram ontem, afetando mais de mil alunos. O motivo, segundo autoridades e moradores, é a tensão que o bairro vive na última semana, quando cinco pessoas foram mortas. A vizinhança relata que um "toque de recolher", imposto por criminosos, está em vigor nos últimos dias.

A Escola Municipal Vila Torres, na Rua Chile, suspendeu as aulas desde quinta-feira. O local, que atende 600 crianças, fica de frente para o Teatro Paiol. A uma quadra dali, na quarta, três rapazes foram baleados.

Do outro lado do Rio Belém, a prefeitura fechou a Unidade de Educação Integral Vila Torres. O espaço abriga 224 alunos no contraturno escolar e fica nos fundos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Em frente à faculdade, na Rua Guabirotuba, um jovem de 17 anos morreu após levar quatro tiros na quinta.

Uma creche para 200 crianças entre 4 meses e 4 anos de idade foi o terceiro espaço fechado ontem, apesar de ser apenas conveniado com a prefeitura. As administradoras do local afirmaram que um padre foi diretamente orientado por criminosos a dizer às pessoas para evitar saírem de casa.

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) se manifestou através da Polícia Militar, que é responsável pelas rondas ostensivas. A PM não reconhece a existência do toque de recolher, mas informa ter intensificado o policiamento no local, "a fim de restabelecer a tranquilidade pública na Vila Torres", conforme nota enviada à reportagem.

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