A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reiterou, por meio de nota e vídeo, sua posição contrária ao Projeto de Lei em discussão no Senado que pretende legalizar jogos de azar no Brasil. A entidade já havia se manifestado quando o tema passou pela Câmara dos Deputados, em 2022, devido “à possibilidade de associação dos jogos de azar com lavagem de dinheiro e crime organizado”, e decidiu divulgar novamente sua posição esta semana.
De acordo com a CNBB, são falsos os argumentos de que “a liberação aumentará a arrecadação de impostos, favorecerá a criação de postos de trabalho ou contribuirá para tirar o Brasil da atual crise econômica”, e apoiadores da legalização não consideram problemas e riscos que ela pode trazer ao Brasil.
“Instituições de Estado têm alertado que os cassinos podem facilmente transformar-se em instrumentos para que recursos provenientes de atividades criminosas assumam o aspecto de lucros e receitas legítimas”, pontuou Ricardo Hoepers, secretário-geral da Conferência.
Além disso, ele pontua que jogos de azar também trazem “prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares”, e que “têm sua face mais perversa na pessoa que sofre compulsão”, já que essa é uma patologia descrita no Código Internacional de Doenças (CID-10-Z72.6 e CID-10-F63.0) , da Organização Mundial de Saúde.
“A CNBB, portanto, reafirma a rejeição a este Projeto de Lei e a qualquer outra iniciativa que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil”, diz, alertando ainda que “o voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de desprezo à vida, à família e a seus valores fundamentais”. Co
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