São Paulo – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu ontem abrir um processo disciplinar e de controle administrativo contra o desembargador de Rondônia Sebastião Teixeira Chaves e ordenou seu afastamento da presidência do Tribunal de Justiça do estado por evidências de ligação com esquema de desvio de recursos da folha de pagamentos da Assembléia Legislativa.

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Chaves tem 15 dias para se defender de acusações de condutas irregulares, no processo disciplinar. Após receber sua defesa prévia, o CNJ irá deliberar se o afasta também do cargo de desembargador durante a apuração.

Ontem, Chaves depôs ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por quatro horas e meia, a portas fechadas, porque a apuração tramita em segredo de Justiça.

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Ele poderá ser punido se o conselho entender que as acusações são procedentes. A pena máxima é a aposentadoria com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. O CNJ não tem poder de decretar perda do cargo, mas pode pedir a abertura de processo para isso.

O afastamento imediato de Chaves da presidência do TJ foi ordenado em razão da abertura do processo de controle administrativo. A maioria dos conselheiros – 8 dos 14 presentes – considerou que a legislação permite a adoção da medida antes da apresentação de sua defesa nesse tipo de apuração.

No processo, o CNJ irá examinar a legalidade dos atos praticados por ele como presidente e verificar se podem ser revogados ou anulados. Por exemplo, manipulação na distribuição de processos, avocação irregular de competência para decidir determinadas causas, concessão ilegal de aumento salarial aos juízes.