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Buraco no Contorno Sul de Curitiba em foto tirada em julho: Paraná tem 2.941 quilômetros em estado inadequado de conservação | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo/ Arquivo
Buraco no Contorno Sul de Curitiba em foto tirada em julho: Paraná tem 2.941 quilômetros em estado inadequado de conservação| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo/ Arquivo

Mais da metade das rodovias do Paraná analisadas foi reprovada na pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta quarta-feira (24). Dos 5.643 quilômetros de extensão de estradas averiguados durante 37 dias - entre 25 de junho e 31 de julho deste ano –, 52,2% - o que representa 2.941 quilômetros – encontram-se em estado inadequado de conservação.

De acordo com a pesquisa, 6,4% estão em estado avaliado como péssimo; 16,5% como ruim; e 29,3% se enquadram como regulares. A pesquisa ainda constatou cinco pontos de erosão na pista e três locais com buracos considerados grandes. Os pesquisadores da CNT avaliaram 2.969 quilômetros de trechos públicos de rodovia e 2.674 de trechos administrados por concessionárias.

Em relação ao estado das pistas sob responsabilidade de concessionárias apenas 21,7% foram reprovadas pela avaliação da CNT. Já quase 80% das rodovias sob gestão pública apresentaram condições ruins, péssimas ou regulares.

Já em 2011 o desempenho do Paraná foi completamente o oposto do que foi apresentado na pesquisa deste ano. De acordo com o levantamento da CNT do ano passado, 21,4% das rodovias do Paraná foram avaliadas como ótimas e 40,5% consideradas boas.

No Brasil

Neste ano foram avaliados em todo o Brasil 95.707 quilômetros durante 37 dias, entre 25 de junho e 31 de julho. Os pesquisadores avaliaram aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria da via, o que permite a classificação qualitativa dos trechos. Desse total, 60.053 quilômetros (62,7%) apresentam algum tipo de deficiência. Em relação ao pavimento e à sinalização, 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%), respectivamente, apresentam problemas.

Na comparação com os resultados do ano passado, aumentou o porcentual geral de rodovias com algum tipo de deficiência. Em 2011, o índice foi de 57,4%. Também foi constatado um aumento nos problemas de sinalização, presentes em 66,2% dos trechos avaliados em 2012, enquanto em 2011 o índice foi de 56,9%.

Na avaliação do presidente da CNT, senador Clésio Andrade, essa é uma questão que precisa ser solucionada com urgência. "A boa sinalização é fundamental para garantir a maior segurança dos motoristas e passageiros que trafegam pelas rodovias do Brasil. É muito importante investir fortemente para melhorar a sinalização e também para solucionar outros problemas constatados no pavimento e na geometria viária", afirma.

Os pesquisadores constataram a ocorrência de 221 pontos críticos, como erosão na pista, queda de barreira, ponte caída ou buraco grande. Em 2011, foram identificados 219. A pesquisa mostrou que houve um aumento de 36% nas erosões da pista, em relação aos dados de 2011.

A ocorrência de faixas centrais desgastadas ou inexistentes aumentou 28,1%, enquanto o aumento das faixas laterais desgastadas ou inexistentes foi de 27,7%. As placas encobertas pelo mato também tiveram aumento de 2,4%.

A pesquisa

A pesquisa da CNT avalia aspectos do pavimento, sinalização e geometria da via de 100% da malha federal pavimentada e das principais rodovias estaduais pavimentadas. Também estão incluídas na pesquisa as rodovias sob concessão.

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