Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba decidiram na madrugada desta quinta-feira (9) que vão paralisar as atividades na próxima quarta-feira, dia 15 de março. A data deve ser marcada no país todo por mobilizações contrárias às reformas trabalhista e da Previdência. A Urbs, empresa que controla o sistema de transporte público na capital, informou que entrou na Justiça pedindo frota mínima.
Em casos de greves anteriores, a Urbs chegou a solicitar a circulação de, no mínimo, 50% da frota em horários de pico e 30% nos demais horários. A paralisação nos serviços deve afetar cerca de 1,5 milhão de usuários, incluindo os não pagantes.
Desde segunda-feira (6), os motoristas e cobradores da capital vêm participando de assembleias lideradas pelo Sindimoc, o sindicato da categoria, para tratar sobre o assunto. As reuniões, que chegaram a causar atraso na saída de ônibus das garagens em algumas linhas, tiveram aprovação da paralisação por unanimidade.
As assembleias foram realizadas nas viações Redentor, Expresso Azul Filial, Araucária Filial, CCD, Sorriso, São José dos Pinhais Matriz, Viação do Sul, Santo Antônio, Glória e, nesta quinta, na São José Filial. Essas, conforme o Sindimoc, são as maiores empresas do setor e têm cerca de oito mil motoristas e cobradores.
Os trabalhadores também planejam ir para Brasília, em caravana, pressionar os parlamentares.
O Setransp, sindicato que representa as empresas de ônibus de Curitiba e região metropolitana, informou que as viações vão acompanhar a movimentação e recorrer de eventuais multas aplicadas pela Urbs por atraso na operação.
Outras categorias
Em Curitiba, além dos trabalhadores do transporte, professores, metalúrgicos, policiais civis e servidores públicos da Prefeitura e da saúde devem aderir aos protestos.
Por enquanto, três destas categorias já sinalizaram que vão parar as atividades no dia – professores, metalúrgicos e trabalhadores do transporte. As demais devem definir como participarão do ato nacional até esta sexta-feira (10).
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