Cerca de 150 mil armas de fogo, das mais de 8 milhões adquiridas legalmente no país, estão nas mãos de colecionadores, caçadores e atiradores. Para comparação, as corporações da Polícia Militar de todo o país incluindo o Corpo de Bombeiros têm 370 mil armas.
As informações estão em um levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz, entre 2008 e 2009, e divulgado na semana passada. O estudo aponta que essa categoria teve um aumento significativo no número de pedidos de autorizações após o Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003. Em março de 2009 eram contabilizadas 66.400 armas de colecionadores, 77.805 de atiradores e 10.317 de caçadores.
O recadastramento dessas armas deve ser feito a cada dois anos. Além disso, são feitas visitas de oficiais do Exército responsável pelo controle de armas desse grupo. Em média, um colecionador legal, no Brasil, tem mais de seis armas em casa. Já os atiradores e caçadores têm em média duas armas.
Há ainda mais de 7,3 milhões de armas nas mãos de pessoas civis, empresas de segurança privada, guardas municipais, além de policiais civis e federais. Outras 240 mil armas são particulares de policiais militares e bombeiros. Não são incluídas na contagem os equipamentos das Forças Armadas.
Queda
A venda de armas caiu cerca de 90%, de acordo com a pesquisa. Como reflexo disso, o número de lojas de armamento diminuiu de 2.400, em 2002, para 280, em 2008.
A concessão de porte de armas também registrou queda, informa o levantamento. Apenas no estado de São Paulo, foi concedido porte de arma para cerca de 73 mil pessoas em 1997. Já em 2009, esse número foi de 47. O estado com maior número de concessões de porte é o Rio Grande do Sul, que autorizou o uso de armas para 426 pessoas no ano passado.
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