São Paulo Tons sóbrios que vão do gelo ao preto incluindo aí diversas gamas de cinza silhueta contrastante (com volumes em cima e peças ajustadas embaixo), muitos casacos, botinhas de cano curto ou muito longo, vestidos em formato "A" e muitos, muitos tecidos tecnológicos acenando para um estilo mais limpo e futurista.
Em poucas palavras, são essas as principais tendências para o outono-inverno conforme os estilistas da 22.ª São Paulo Fashion Week, que terminou ontem no Parque no Ibirapuera, em São Paulo.
E falando em futuro, Jefferson Kulig, único curitibano na SPFW aproveitou para reafirmar sua afinidade com o tema.
A imagem que ele projeta para a mulher é híbrida, vestimenta tecnológica mas sustentável.
Na primeira parte do desfile, Kulig pontuou os looks com falsos cocares em tons flúor feitos de fios de nylon. Suas roupas são minuciosamente arquitetadas. Do tafetá sintético cortado em viés ele faz calças e casacos.
As saias são compostas por camadas de tecido, mas mantêm a leveza. Bolsos e detalhes são "descoláveis". A silhueta é seca, mas não engessada.
Recortes
O couro aparece em recortes aplicados que delineiam o que ele chamou de "guerreira cibernética". Na estamparia, o estilista cria um efeito de um perfil robótico aplicado em regatas, leggings e bodies.
Ontem também foi dia da estréia da estilsita Priscilla Darolt na SPFW. Inspirada no mundo da música e em mulheres que criaram uma estética através do jazz, soul e blues como Grace Jones a estilista apresentou seqüência de vestidos curtos com recortes sobrepostos, mangas que se avolumam na parte de traz e abotoamentos deslocados sinuosamente como se fossem instrumentos musicais.
