Depois de uma semana de protestos, o Colégio Estadual do Paraná viveu um dia de tranqüilidade neste sábado. Os alunos, que fizeram diversas manifestações desde quarta-feira pedindo a demissão da diretora-geral, Maria Madselva Ferreira Feiges, prometeram dar uma trégua para garantir a realização do teste seletivo da instituição.
O pacto vai ser mantido neste domingo, quando mais de 4 mil alunos disputam cerca de 700 vagas no 1.º ano do Ensino Médio. As provas estão marcadas para ter início às 14 horas e devem durar três horas. "Vamos retomar os protestos na segunda-feira", afirma uma estudante.
Os alunos devem chegar com uma hora de antecedência aos locais de prova. O ensalamento dos estudantes está disponível na internet, no endereço www.cep..pr.gov.br Para ter acesso à sala de provas, o candidato deve ter em mãos um comprovante de ensalamento, a carteira de identidade ou carteirinha de inscrição e canetas.
VagasO número de vagas disponibilizadas para o teste de seleção é um dos motivos de insatisfação dos alunos e professores do Estadual. Eles reclamam da postura da direção, que diminuiu as cadeira no ensino regular para abrir mais turmas de cursos profissionalizantes.
Para a diretora, as reclamações são infundadas. "Estamos pensando em abrir duas turmas de um curso de Formação de Atores e talvez mais uma de Gestão de Pessoal. O resto não muda", afirma. Hoje, o Estadual já tem cursos profissionalizantes nas áreas de Edificações e de Comunicação.
ProtestosOs protestos no Colégio Estadual, o maior da rede pública paranaense de ensino, começaram na terça-feira e se intensificaram a partir de quarta, quando dois adolescentes foram presos pela Polícia Militar durante as manifestações, acusados de causar danos ao patrimônio do colégio. Os alunos criticam a diretora, que é tida como autoritária. Eles também pedem a realização de eleições diretas para o cargo.
Hoje, todos os outros colégios estaduais do Paraná têm eleições com votos de estudantes, professores e funcionários. No Estadual, que tem um estatuto diferente, a nomeação é feita pelo governador do estado, a partir de indicação do secretário da Educação.
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