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Trânsito

Coletivos têm “dedo-duro” do bem

Sala do Centro de Controle: mais rapidez no atendimento | Daniel Caron / Gazeta do Povo
Sala do Centro de Controle: mais rapidez no atendimento (Foto: Daniel Caron / Gazeta do Povo)

O que os olhos dos fiscais da Urbs não veem, as câmeras do Centro de Controle e Operações (CCO) têm flagrado. Apelidado por motoristas de ônibus como "dedo-duro", a sala operacional do CCO tem menos de 100 metros quadrados, mas tecnologia suficiente para monitorar mais de 1,9 mil veículos da Rede Integrada de Transportes (RIT) da região metropolitana de Curitiba.

No local, 18 operadores e três lideres de equipes da Urbs se dividem em três turnos e são acompanhados por quatro engenheiros de trânsito e outros oito operadores da Secretaria de Trânsito (Setran) para vigiarem 21 câmeras – que serão 85 até o final da implantação do Sistema Integrado de Monitoramento – e as informações captadas dos GPS e consoles sensíveis ao toque, instalados nos coletivos.

Foi por causa desse alcance que o apelido pegou entre os condutores da capital. "É o ‘dedo-duro’, porque delata tudo o que fazemos", brincou um motorista da linha Santa Cândida/Boqueirão. Apesar de dizer avaliar bem o sistema, por indicar rotas alternativas, ele não se mostrou muito íntimo da tecnologia. "Ainda estou aprendendo a mexer", diz sorrindo.

Expertise já adquirida pelo condutor Francisco Aleixe. Em menos de dois minutos em que a reportagem esteve a bordo de um Ligeirão, ele já mostrava mensagens recebidas e simulava o envio de outras pré-gravadas no sistema. "Agora a comunicação ficou fácil", garantiu.

No CCO, essa comunicação é visualizada em grandes painéis. Já nos ônibus, as mensagens chegam a consoles de sete polegadas, nos quais os motoristas podem receber e enviar à sala de operação mensagens sobre quebras, acidentes e outras intercorrências que atrapalhem o trânsito. Tanto para ler quanto para receber o condutor tem de estar com o veículo parado.

Segundo a Urbs, as informações trocadas com os motoristas de ônibus são instantâneas e visam agilizar o atendimento a incidentes e acidentes, indicando rotas alternativas, por exemplo.

Metas de horário

Para alcançar essa precisão, o sistema conta com aparelhos GPS (global positioning system, em sua sigla em inglês) instalados em 1.920 ônibus. Além de comunicar imprevistos, esses equipamentos indicam, nas telas ultrafinas do CCO, o status do cumprimento de metas de horários. Essa medição se dá a partir dos terminais, mas logo deve ser ampliada. "Em breve, teremos a informação do cumprimento de horário até por estações- tubo", diz Edson Luiz Berlezes, gestor da área de fiscalização do transporte da Urbs.

Apesar de "dedo-duro", o equipamento não é repressor. Pelo menos é o que garante Carlos Alberto Barbosa, líder da equipe da manhã no CCO. "Não emitimos mensagens aos motoristas indicando atrasos. Nesses casos, comunicamos aos fiscais das paradas seguintes e eles fazem ajustes", afirma o analista de sistemas.

Segundo Barbosa, antes do CCO, inaugurado no último dia 29 de março, os atendimentos às ocorrências demoravam mais de 30 minutos. "Hoje temos a localização exata do incidente, e o atendimento é feito, algumas vezes, em até cinco minutos."

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Vida e Cidadania | 2:56

Em uma sala não muito grande, mas recheada de enormes monitores, 21 operadores controlam cerca 21 mil viagens diárias dos ônibus da capital.

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