Fernando Collor está de volta. O velho caçador de marajás foi eleito senador por Alagoas. O ex-presidente vai ocupar a vaga de Heloísa Helena (PSol), que preferiu disputar a presidência do que tentar a reeleição ao Senado. Collor vai retornar a Brasília quase 15 anos depois de ser afastado por impeachment, acusado de corrupção quando era presidente da República.
Em São Paulo, Eduardo Suplicy (PT) venceu, mas enfrentou um competidor difícil: Guilherme Afif Domingos (PFL). O pefelista liderou boa parte da apuração, mas Suplicy superou o adversário e vai para o seu terceiro mandato de senador por São Paulo.
As 27 vagas para o Senado foram definidas. Entre os eleitos estão o ex-presidente José Sarney (PMDB), que vai cumprir o terceiro mandato pelo Amapá, o gaúcho Pedro Simon, que também vai para o terceiro mandato pelo PMDB do Rio Grande do Sul, e Alvaro Dias, pelo PSDB do Paraná.
Com a escolha dos nomes, o Senado será mais equilibrado em sua composição partidária. Atualmente, dos 81 senadores, 44 são de partidos aliados, e 37, de oposição. Os contrários ao governo Lula devem ganhar ao menos duas cadeiras. O grande derrotado nas eleições de ontem, que renovam em um terço (27 cadeiras) o Senado, é o PMDB. O partido elegeu menos senadores que o PFL. Foram 4 contra 6. E divide a condição de detentor da maior bancada, status que, em tese, permite indicar o próximo presidente da casa. A disputa ocorrerá em fevereiro.
Hoje com 20 senadores, o PMDB deve conseguir eleger quatro representantes para a próxima legislatura, contra nove do partido que deixarão o Congresso. Ficaria com 15 cadeiras. Pode ganhar mais duas de acordo com o resultado no segundo turno para os governos do Maranhão e de Santa Catarina, pois seria beneficiado com a entrada de suplentes de senadores que sairiam. Apenas no melhor dos cenários superaria o PFL, pois chegaria a 18 com o retorno do licenciado Gerson Camata à casa.
Beneficiado na eleição, o PFL hoje tem três cadeiras a mais. Conseguiu eleger seis senadores, contra quatro que deixarão a casa. Mas pode perder um, em caso de vitória de Roseana Sarney no Maranhão.
Já na Câmara
O PMDB deve ultrapassar o PT e se transformar no maior partido da Câmara dos Deputados. Envolvida na sucessão de escândalos que atingiu o governo, a legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve, na melhor das hipóteses, manter os 81 representantes.
Mesmo se o PT tiver menos deputados do que atualmente, Lula não deve ver alterações significativas na sua base de apoio na Câmara, caso seja reeleito. O encolhimento do partido e de outros aliados, como PTB, PP e PL, deve ser compensado pelo crescimento do PMDB, PSB e PC do B, avalia Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Hoje, o presidente conta com o apoio de 327 deputados, distribuídos no PT, PMDB, PP, PTB, PL, PSB e PC do B. O número não leva em conta dissidências nessas siglas. O cenário mais pessimista para o governo, segundo o Diap, é a eleição de 300 deputados aliados. O otimista aponta para 340, o suficiente para aprovação de emendas constitucionais, que exigem 308 votos.
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