Neste comecinho de 2010, faço algumas considerações sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Acho que todo mundo está sabendo, mas não custa lembrar: desde janeiro de 2009 já estão valendo as novas regras de acentuação, uso do hífen em palavras compostas, uso de maiúsculas e minúsculas etc. Até 31 de dezembro de 2012 também estão valendo as regras antigas. Portanto, temos um bom tempo de adaptação. No entanto, todos os livros que estão sendo lançados já estão de acordo com as novas regras. Os materiais didáticos já estão saindo adaptados.
Alguns leitores notaram certa bagunça nos primeiros dicionários que foram lançados conforme o Acordo. De fato, houve algumas lambanças imperdoáveis. Creio não fazer juízo leviano ao dizer que a Academia Brasileira de Letras (ABL) cometeu um equívoco imperdoável por ter lançado seu dicionário com um monte de palavras erradas. O apressado come cru. E nesse caso a ABL ofereceu um prato indigesto para milhares de consumidores. Eu mesmo fui vítima desse imbróglio. No site dessa instituição, temos um glossário com todas as correções. Menos mal. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) já está atualizado e pode ser consultado on-line também no site da ABL. E agora já temos as novas edições do Houaiss e do Aurélio, os dois dicionários mais usados pela maioria das editoras.
E se, por acaso, houver palavras com grafias distintas nesses dicionários? Devo optar pelo Volp, pelo Houaiss ou pelo Aurélio? Tanto faz. Eu estou usando o Houaiss. Já fiz meu investimento milionário de 2009. É loucura comprar todo o material que fala sobre as mudanças ortográficas. Quase todos dizem exatamente o que está dito no Acordo. Estão faturando bonito.
De resto, é bobagem dar muita bola para esse assunto. Nesta coluna, não usei nenhuma palavra com nova ortografia. E não foi intencional.
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