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Adilson Alves

Formas sintética e analítica do pretérito mais-que-perfeito

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Um leitor notou que usei, na coluna passada, a forma sintética do pretérito mais-que-perfeito. Foi nesta passagem: "... que ESCREVERA para ser publicado etc." Acertadamente observou que a forma sintética (escrevera, lutara, empreendera...) está cada vez mais escassa em textos jornalísticos. Correto. Mas podemos ir mais longe e afirmar que é pouco usada em qualquer que seja o tipo de texto escrito. E está extinta ou perto disso na fala.

Em nossa língua predomina, tanto no registro escrito quanto no falado, a forma analítica. Alguns exemplos: 1) Ele HAVIA ESCRITO um ensaio. 2) Eu não TINHA DESMARCADO a reunião. 3) Elas HAVIAM DEIXADO um bilhete sobre a mesa.

Como os exemplos evidenciam, na forma analítica usamos TER ou HAVER + o particípio do verbo principal: ESCRITO, DESMARCADO e DEIXADO são os particípios dos verbos "escrever", "desmarcar" e "deixar", respectivamente. Vamos ver as duas formas: 1) José DECIDIRA não concorrer ao cargo. 2) José HAVIA DECIDIDO não concorrer ao cargo.

É importante frisar que não se trata de dizer que uma forma é melhor que a outra. Eu, por exemplo, gosto de usar a forma sintética. Mas isso depende muito do tipo de texto que estou escrevendo. Agora, sem dúvida alguma, a forma analítica é a mais produtiva em nosso idioma. É fato.

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