Um leitor considerou minha última coluna (em que eu falava do "junto a") extremamente normativista. Jogou-me na cara que acabei caindo no discurso comum de que existe o certo e o errado. Agora vivo dando dicas aos leitores, receitas de como devem se comportar quando escrevem. O e-mail era bem extenso. Reproduzi apenas os elogios.
Caso não tenha ficado claro em outras colunas, vou ser bem explícito nesta: gostemos ou não, todos nós que escrevemos devemos seguir determinadas regras. Isso vale também para situações em que nossa fala é monitorada, mais vigiada. Não se trata de certo ou errado numa visão simplificadora, mas sim de estarmos ou não adequados ao contexto comunicativo de que participamos. Uma mesma pessoa será avaliada de forma diferente dependendo da situação em que se encontra. Aceitamos determinadas construções do nosso amigo advogado quando todos estamos discutindo, num bar, os resultados da última rodada do Paranaense. Mas não aceitamos algumas dessas mesmas construções quando ele está nos defendendo no tribunal.
Repito o que escrevi na outra coluna: algumas pessoas têm preguiça de explorar a língua. Isso serve para colunistas, jornalistas, juízes, advogados, pedagogos etc. Acham um caminho pronto e vão seguindo, mas nem todos os caminhos nos levam ao mesmo lugar. Então, tudo depende do seu objetivo, da sua intenção. Alguns querem apenas fazer uma boa redação para passar no ITA. Só isso. Porque a delícia vem depois com as EXATAS. Outros querem mais. Ótimo. Comecem a desconfiar dos atalhos (terminei o texto com uma receita).
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