Na cabeça conturbada de Anders Behring Breivik, o monstro norueguês que em julho de 2011 assumiu a autoria dos atentados que mataram 76 pessoas em Oslo, a mistura racial no Brasil seria uma catástrofe: “Os resultados são evidentes e se manifestam num alto nível de corrupção, falta de produtividade e um eterno conflito entre várias culturas” – escreveu Anders na Internet.
O desmiolado, pelo seu esquisito interesse no Brasil, faria sua próxima chacina no Rio de Janeiro. O que seria uma perda de tempo, pois graças à nossa salada étnica é que o terrorismo nunca vingou por essas bandas. Depois que a CIA sonhou com a existência de uma rede de apoio ao terrorismo islâmico em Foz do Iguaçu, o último a sonhar com um atentado no Brasil foi Osama Bin Laden, que teria destacado três “mujahedins” para explodir a estátua do Cristo Redentor.
Para não dizer que o monstro norueguês não tinha um pingo de razão, a operação sonhada por Osama começou a sofrer embaraços já no desembarque, quando as bagagens dos terroristas foram extraviadas. Apanharam um táxi pirata no aeroporto e o motorista, ao perceber que eram estrangeiros, rodou com eles pela cidade, até abandoná-los na Baixada Fluminense. Assaltados e espancados, sobreviveram com alguns dólares na cueca.
Nesse estado de coisas, o que temos a temer são os terroristas do governo
Graças ao treinamento de guerrilha que receberam nas cavernas do Afeganistão, os três “mujahedins” conseguiram se hospedar numa espelunca de Copacabana. Alugaram um carro e voltaram ao aeroporto, determinados a explodir um avião bem no meio dos braços do Cristo Redentor. Apesar dos seguidos congestionamentos, por fim chegaram ao aeroporto para sequestrar um avião. A operação só não deu certo porque os pilotos e controladores de voo estavam em greve e a única aeronave disponível na pista era da Polícia Federal, mas estava sem combustível. Famintos, fizeram um lanche no aeroporto e só no dia seguinte conseguiram se recuperar da intoxicação alimentar.
Os três homens de Bin Laden saíram do hospital e foram conhecer o Maracanã. Com o Flamengo perdendo para o Vasco, a galera rubro-negra confundiu os terroristas com selvagens vascaínos e lhes deram uma surra de sair no jornal. Desnorteados, os sabotadores se aboletaram num ônibus superlotado na Avenida Brasil e começaram então a discutir entre si: estavam em dúvida se explodir o coletivo, no fim das contas, era ato terrorista ou obra de caridade. Desistiram do Cristo Redentor e se mandaram para São Paulo. Varejaram a Avenida Paulista à cata de comida e finalmente adormeceram no Viaduto do Chá, onde foram estuprados por uma horda de corintianos.
Muitos anos depois deste episódio, agora as autoridades temem possíveis atentados terroristas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Com a salvaguarda de nossa democracia racial, nada temos a temer. O Estado Islâmico que vá plantar batatas na Síria. Nesse estado de coisas, o que temos a temer são os terroristas do governo. Principalmente os sabotadores da base governista.
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