| Foto: Arquivo pessoal

Aos 7 anos de idade, o hoje artista de rua Carlos Roberto Telles (38) saiu de casa para ir à escola e não voltou mais para o convívio da família. Ele sofria constantes agressões dos pais e passava muita fome. Naquele dia, um colega disse que, se Telles fosse até o Centro da cidade pedir dinheiro, conseguiria comprar comida para a família e até um sapato – mesmo no frio, o menino ia de chinelo para a aula. A tentativa não foi bem-sucedida e, com medo de apanhar, Telles decidiu viver nas ruas, onde passou a cheirar cola, fumar maconha e usar todo o tipo de drogas que a vida oferecia naquela época. Com 10 anos, ouviu dizer que em São Paulo era muito fácil roubar relógios e para lá viajou. "Cheguei à Praça da Sé e o primeiro relógio que roubei foi do padre Júlio Lancellotti, que era da Pastoral da Criança. Ele me segurou, disse que não chamaria a polícia e me mandou para um colégio, onde tive aulas de teatro", conta. Esse primeiro contato com a arte foi o início do que viria a se tornar o ganha-pão de Telles. Para quem não está ligando o nome à pessoa, ele é o palhaço Chameguinho, o "Sombra" da Rua XV de Novembro (foto).

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Doutores do Sorriso

Depois de viver alguns meses em São Paulo, Telles foi mandado de volta para a capital paranaense pelos órgãos de assistência social. Ele foi engraxate, trabalhou em feira e fez de um tudo para se manter, mas continuou dormindo nas ruas. Um dia resolveu: não queria mais usar drogas nem ser um menino de rua. Entrou em uma farmácia e pegou um lápis e uma pomada Minancora. Pintou-se de branco e começou a fazer shows, como "sombra", na Rua XV. Com o dinheiro, ajudou a mãe a construir uma casa. Também criou o Projeto Jovem Cidadão, com palestras e shows nas escolas para contar a sua história e prevenir o uso de drogas. Agora, lançou um novo programa, o "Doutores do Sorriso para Todos". O objetivo é fazer apresentações em hospitais, asilos e creches, além de dar treinamento para grupos que queiram multiplicar a iniciativa. Tem interesse? Ligue para: 9924-7332

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Faixa amarela

As vagas de estacionamento do lado direito da Avenida Manoel Ribas, no sentido do bairro Santa Felicidade, foram retiradas pela prefeitura no trecho entre as ruas Jaime Reis e Coronel João Guimarães. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), o objetivo foi melhorar a fluidez e a eficiência do transporte coletivo na via. A proibição vale de segunda a sexta-feira, das 7 às 20 horas, e no sábado, das 7 às 14 horas. A faixa de estacionamento foi retirada há três dias e a faixa amarela foi pintada na madrugada de ontem. O estacionamento foi mantido do outro lado da pista (sentido Centro). O que você achou da mudança? Escreva para entrelinhas@gazetadopovo.com.br

Bikeanjos

Hoje, Dia Nacional de Bike ao Trabalho, a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) vai oferecer avaliação médica, lanche e acompanhamento para os funcionários que forem trabalhar de magrela. A partir das 8 horas, um médico fará uma rápida avaliação dos ciclistas e haverá um lanche saudável, com suco e frutas. Para os iniciantes foram designados "bikeanjos", que vão acompanhar os servidores durante o trajeto. Também será feito o acompanhamento na volta para casa. No mês passado, uma pesquisa identificou 81 funcionários que usam a bicicleta como transporte e 169 interessados em começar.

Homenagem às mães

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Uma van da RPC TV está percorrendo os bairros de Curitiba e região captando depoimentos dos moradores em homenagem ao Dia das Mães. O objetivo da iniciativa é resgatar boas histórias por meio de vídeos, que serão exibidos na programação e no site redeglobo.globo.com/rpctv/videos/historiasdemae/. Os telespectadores que não puderem ir até a van poderão entrar no clima da campanha. Basta gravar um depoimento pelo celular e enviar para o site da RPC TV com a hashtag #HistóriasDeMãe. Hoje, a van estará, às 8h30, no Barreirinha, e às 12h30 no Batel. Amanhã, às 8h30, na Boca Maldita, no Centro da cidade.

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