Não importa se você chama de mandioca, aipim ou macaxeira. O ingrediente escolhido para o desafio "O chef vai a sua casa" de agosto faz o maior sucesso na mesa dos brasileiros. A escolha da melhor receita será feita pelo chef Rodger Weiss, da Cantina do Délio, que vai cozinhar com o ganhador. Para o chef, é importante equilibrar a receita. "Não dá para fazer um preparo com cebola e bacon e esses ingredientes roubarem o sabor da mandioca", diz. Receitas até 25 de julho pelo formulário no www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/desafio
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Conversa afiada
Manifesto da mão livre
A arquiteta Giceli Portela criadora da Casa Vilanova Artigas (Rua da Paz, 479) promove a partir de 21 de julho uma oficina de desenho, a quem interessar possa. Seu objetivo é manter vivo o apreço do arquiteto Artigas, que dá nome ao espaço, pela mais básica e decisiva das técnicas. Este ano, a oficina ocorre em paralelo a um evento da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea) e traz aula magna com bambas no assunto os arquitetos da USP Guilherme Motta e Carlos Alonso.
Seu curso é apenas para arquitetos?
Não. Todo mundo tem o direito de desenhar. Alguém pode escrever bem e não ter uma letra bonita. O mesmo vale para o desenho não tem de ser uma obra de arte para ser bom. Começo pelo mais simples, o lápis e o papel. O resto a gente vai inventando.
Você está resgatando o desenho na arquitetura?
Um pouco. Muitos arquitetos se formaram usando computadores e nunca desenharam. Mas nada substitui o traço. Está provado que quanto mais desenhado um projeto, mais ele avança. Os grandes mestres desenhavam muito.
Faça um elogio ao desenho...
O desenho é uma forma de conhecimento. Revela algo desconhecido do objeto, seja uma maçã ou uma bicicleta. O desenho nos permite inventar formas, experimentar, nos livra dos recursos limitados de um computador. É muito bom.
Informações: (41) 3016-1479; instituto@vilanovaartigas.com.br
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Fila domingueira
Quem mora no Centro de Curitiba e decide ir ao supermercado no domingo precisa de mais paciência do que quando vai ao banco em dia movimentado. As filas no Mercadorama da Praça Tiradentes, por exemplo, exigem até meia hora do cliente. Quem reclama recebe a informação de que o problema é provocado pela falta de funcionários. As vagas abertas para caixa e atendentes não estariam atraindo interessados, que consideram os salários baixos e não querem trabalhar no fim de semana.
Cúmulo no Uberaba
Um gramado muito utilizado por famílias do Uberaba está sendo reivindicado pelo condomínio adjacente, cujos moradores pretendem anexar o pedaço de terra com o argumento de que irão capinar o mato. Detalhe: há anos o gramado é um dos mais bem cuidados da região, sem mato algum, graças aos moradores do entorno que o tratam e para lá levam suas crianças para brincar. Não é o cúmulo do egoísmo? A Sanepar, dona do terreno, precisa pensar duas vezes antes de aceitar.
Gorjeta parcelada
O pagamento de gorjetas a flanelinhas se tornou praticamente obrigatório em algumas regiões do Centro de Curitiba. Na Rua Tibagi, nas proximidades do Teatro Guaíra, os "cuidadores" de veículos cobram pelo serviço em duas parcelas, uma quando o carro é estacionado e outra quando o motorista volta para o veículo. Os flanelinhas se revezam e não querem sair no prejuízo no caso de o dono voltar após mudança de "turno". A cobrança antecipada ganha tom de ameaça.
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"Pregar a tolerância, o perdão e a paz sem exercitá-los é a oração do hipócrita."
João Darcy Ruggeri, advogado e escritor paranaense.