Uma bela araucária (foto 2) atrai olhares de quem passa pela Rua Antônio Krainiksi, no bairro São Lourenço, em Curitiba. Isso porque alguém pendurou na árvore uma faixa com o pedido: "Socorro, me salvem". Ao lado da araucária existe um grande buraco, sinalizado e isolado com estacas de madeira e uma rede vermelha. Segundo o vice-presidente da Associação dos Moradores e Amigos do São Lourenço, César Leme, nas ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha também há diversos buracos, sinalizados da mesma forma. Após contato com a assessoria de imprensa da Copel, a coluna descobriu o motivo da preocupação expressa na faixa. A companhia pretende instalar superpostes na região e, para isso, vai retirar algumas árvores.
Compensação
O buraco na Rua Antonio Krainiksi foi feito por uma empreiteira contratada pela Copel para construir a linha de subtransmissão PilarzinhoBom Retiro. Segundo a Copel "essa linha vai ligar a subestação transformadora de energia que já existe no Pilarzinho a uma subestação que está em construção e se chamará Bom Retiro". O licenciamento ambiental da linha está sendo feito por essa empreiteira, que, em conjunto com a Copel, elabora um plano de compensação ambiental pela retirada das araucárias. A Copel avisa que o plano será encaminhado para análise da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e que é bem possível que o corte seja aprovado. Como forma de compensação, a empresa diz que fará o plantio de novas mudas de araucária ou outras espécies nativas.
Haitianos
Sensibilizado com a história dos haitianos que vivem com dificuldade em Curitiba, publicada na semana passada pela Gazeta do Povo, o leitor Dionísio se uniu a um colega para arrecadar doações para os imigrantes. Os haitianos começaram a desembarcar no Brasil em 2011, depois de um terremoto no ano anterior que destruiu aquele país. Como não falam português, eles acabam sendo empregados em setores com baixos salários e parte da renda é enviada a familiares que permaneceram no exterior. Na região de Curitiba, estima-se que vivam cerca de mil haitianos. Quem quiser ajudar pode entrar em contato com Dionísio pelo e-mail contabilidadetorres@yahoo.com.br.
Teste de acessibilidade
Uma atividade realizada na última sexta-feira por alunos e psicólogos da Universidade de Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, chamou a atenção para a falta de preocupação dos gestores públicos em garantir condições de acessibilidade a pessoas com deficiência. Um homem e uma mulher caminharam de braços dados e olhos vendados pela calçada perto do Terminal de Transporte Urbano. Com ajuda de bengalas, a dupla demorou 45 minutos para transpor um trajeto feito em pouco mais de cinco minutos por qualquer pedestre com boa visão. Um dos participantes da experiência, Marco Albuquerque é acadêmico do curso de Letras e sua visão é perfeita. Ele acompanhou Salete Marafon (que perdeu a visão há mais de 20 anos) e conseguiu sentir a tensão de caminhar por locais pouco ou nada preparados para cegos.
Colaborou: Daniela Valiente