Quando o poder público não atende à necessidade da população, a comunidade se une para buscar melhorias comuns. Foi o que aconteceu no bairro Cidade Nova, em Foz do Iguaçu, onde os moradores criaram uma biblioteca. Tudo começou há três anos, quando eles perceberam que o bairro estava abandonado. Ter uma biblioteca na região era uma das prioridades. Com o objetivo de dar voz às reivindicações, surgiu, inicialmente, um jornal impresso e digital. Para produzir o material e fazer reuniões, eles alugaram um espaço, em uma garagem. Pagaram aluguel do próprio bolso por oito meses. A ideia cresceu e com o tempo os moradores passaram a ocupar um prédio que pertencia ao governo estadual, em sistema de comodato. Ali fundaram a Biblioteca Comunitária Cidade Nova Informa (CNI).
Ponto de cultura
Uma das voluntárias da biblioteca, a educadora social Elza Mendes (foto), diz que a proposta é "empoderar" a população. "Queremos mudança de comportamento, de cultura". Com um acervo de 7 mil livros, todos doados, a biblioteca também tem computador com internet para os moradores. Fica aberta em horários determinados porque depende do trabalho voluntário. O local não é só ponto de leitura. Tornou-se espaço para reuniões, saraus e atividades culturais, incluindo lançamento de livros.
Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Polícia autoritária
No domingo, a coluna mostrou que um morador de Sarandi, no Norte do Paraná, foi preso por calúnia logo depois de ter postado no Facebook comentário contra uma blitz de trânsito da PM. Para o leitor Douglas Mota, a polícia "se intrometeu e quis resolver assunto do Judiciário. Agora o cidadão (errado ou não) deve acionar a Justiça contra o Estado, por não saber controlar seus funcionários. [...] Na Constituição, é previsto o direito de expressão", afirma. Já para Lauro Minchnk, a prisão foi correta. "Esse trabalhador que difamou os policias deve uma retratação pública", diz.
Leitura inclusiva 1
Reprodução internet
Uma iniciativa muito bacana está sendo promovida nesta semana pela Biblioteca Pública do Paraná: um evento para incentivar a leitura e a inclusão social de pessoas com algum tipo de deficiência visual e auditiva. Entre as atividades previstas na "Semana de Leitura Inclusiva: ler, incluir e transformar", estão exibições de filmes, encenações teatrais, palestras e oficinas. O evento vai até sexta e é realizado em parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos (SP). Hoje, às 14 h, será exibido o curta-metragem audiodescrito Tereza & Tereza (foto), do diretor Guilherme Biglia. A audiodescrição é um recurso utilizado para que pessoas com deficiência visual tenham autonomia para assistir a vídeos, filmes e peças de teatro sozinhas.
Leitura inclusiva 2
Às 15 horas, a audiodescrição será tema de um bate-papo que vai reunir os especialistas Tânia Mara Cardoso (Instituto História Viva), Luiz Vanderlei Rodrigues (presidente do Fórum das Pessoas com Deficiência de Curitiba) e Amanda Christiane Rocha Nicolau (professora de Música do Projeto Ver com as Mãos, do Instituto Paranaense de Cegos). Todos os eventos ocorrem no Auditório Paul Garfunkel, no 2º andar da biblioteca, e contarão com a presença de intérpretes de Libras. A entrada é franca e para participar é necessário realizar a inscrição pelo e-mail inscricaobraille@bpp.pr.gov.br ou no local do evento.
Colaborou: Denise Paro
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