Cidade de tantos atrativos turísticos, Curitiba não consegue resolver os problemas típicos das grandes cidades. Os moradores de rua se multiplicam pela cidade e por isso não é novidade que um deles apareça dormindo no banco da praça a poucos metros do embarque dos turistas. Falta investimento no atendimento dessas pessoas, digam as autoridades o que disserem. Antigamente, dormir na praça dava "cadeia por vadiagem".
Solidário e eficiente
A ONG Formação Solidária, que oferece cursinho pré-vestibular para estudantes carentes, aprovou 58% dos seus alunos na primeira chamada do vestibular da UFPR. Dentre os cursos estão Direito, Farmácia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas e Engenharia Química. Nos últimos quatro anos, o Cursinho Solidário aprovou mais de 110 alunos nas universidades federais do Paraná. Neste ano, o cursinho vai atender 240 alunos, pela primeira vez em dois locais ao mesmo tempo.
Primeiro os meus...
Moradores de Encantadas, na Ilha do Mel, reclamam que, antes da Operação Verão, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) se reuniu com a comunidade e propôs algumas medidas em seu benefício e ouviu as reinvindicações para a temporada. "Todas as ações que beneficiavam o IAP foram implantadas de imediato e nenhuma da comunidade, inclusive a presença de um médico para atendimento ao grande número de pessoas que visitam o local. Na noite tempestuosa do reveillón, pessoas com problemas graves tiveram de ser transportadas em barcos de nativos para o atendimento", diz um dos moradores.
Conversa afiada
Pães e doces sociais
Neli Rodrigues Ferreira, 49 anos, Antônia da Silva, 58 anos, e Luzia Geraldo Gomes, 60 anos, são as mãos de ouro da Vila Verde. Diariamente, o trio se reúne na cozinha comunitária do Centro Popular de Formação Josimo Tavares, na Vila Verde, na Cidade Industrial de Curitiba, para fabricar pães, salgados e doces que geram uma renda para as três famílias. Com bom-humor, o trio sai no fim do dia vendendo os produtos pelas ruas com um carrinho de madeira. Com sol ou chuva, nunca deixam de trabalhar. A panificadora existe há sete anos e foi doada para a comunidade pela Arquidiocese de Curitiba. A média de produção é de 70 pães por dia, mais os salgados e doces por encomenda.
Como surgiu a ideia de montar uma panificadora comunitária?
Pela necessidade. Cada uma de nós trabalhava em outra atividade. Vizinhas, um dia resolvemos nos reunir e colocar o projeto em prática. É bom para nós e para a comunidade, conta Neli.
E como funciona o trabalho?
Do valor arrecadado, é feito o pagamento da luz e água para o Centro. O restante paga o produto usado e é feito o rateio entre nós três. (Em meio ao calor do fogão, farinha e gordura, elas sorriem). Nossa vida mudou muito nesses últimos anos.
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