Tarde de sexta-feira, parcialmente nublada, mas ainda assim abafada. De repente, os frequentadores do Calçadão da XV têm a atenção chamada por uma dupla que empurra suas bicicletas. Afinal, Oil Man e seu companheiro de sunga, mas de meias puxadas até os joelhos, sabem que, no calçadão, só se permitem bicicletas desmontadas. Conforme vão passando, sorrisos brotam dos rostos e as pessoas comentam alguma coisa em voz baixa. Deve ser pura inveja...
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Conversa afiada
De grão em grão
Da forma mais singela, a dona de casa Maria Constância Gebur, 65 anos, conseguiu colocar seu sonho em prática. A observação do trabalho rotineiro das formigas em levar folhinhas para dentro do formigueiro a motivou a formar o grupo "As formiguinhas", em 2009. O objetivo do trabalho é reunir mulheres da terceira idade para aulas e produção de artesanato. Além de gerar renda, os encontros semanais servem como terapia. A Igreja Nossa Senhora das Graças cede um espaço no salão paroquial para a reunião e o projeto surgiu dentro da Pastoral do Idoso. Mas o trabalho extrapola os encontros de quinta. Costureira de mão cheia, montou uma sala de costuras em casa, onde produz as peças vendidas em bazares e feiras da região.
Como surgiu a ideia de reunir as mulheres?
Em 2002, quando me mudei do Bigorrilho para o São Braz. Tentei me entrosar com os moradores do bairro, mas não foi fácil. Certo dia, uma agente de saúde me convidou para participar da Pastoral e, em 2009, colocamos em prática "As Formiguinhas".
Como funciona?
Conseguimos tecidos reciclados para confeccionar aventais, bolsas e fuxicos. Com os produtos confeccionados realizamos duas feiras anuais e bingos a cada 120 dias para ajudar na compra de material. O restante dos valores é dividido entre quem produz as peças.
O que mudou em sua vida?
Tudo. Eu ensino e aprendo com elas. Melhoramos a auto-estima pelo fato de conseguirmos ser produtivas.
Serviço: Mais informações pelo telefone (41) 3015-9567.
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Pedestres em perigo
Os motoristas do Ligeirinho São José - Barreirinha costumam fazer uma manobra perigosa na Rua Tibagi, após saírem do tubo do Círculo Militar. Quando o sinal na esquina da Tibagi com a Amintas de Barros ainda está verde para o pedestre, os motoristas do ônibus costumam avançar mesmo no sinal vermelho, para tomar a frente de outros carros. Eles têm pressa porque o ônibus está na pista da esquerda e na segunda quadra já precisa entrar à direita, na Marechal Deodoro. Um perigo para os pedestres.
Muito pelo contrário
A coluna destacou na semana passada uma mãe que deu exemplo, obrigando o filho a juntar e jogar na lixeira uma embalagem plástica. Pois ontem uma leitora flagrou uma mãe que, muito pelo contrário, incentivou o filho a deixar o papel no chão mesmo. "Os homens da prefeitura são pagos para juntar isso", disse a mulher ao menino, que até se dispusera a recolher a sujeira. E se os garis demorarem a chegar?
"A Imprensa tem o condão de ser cultura sem ministério; justiça sem toga e procuradora da coletividade."
João Darcy Ruggeri, advogado e escritor paranaense.
Colaborou: Aline Rodrigues Peres