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Entrelinhas

É para valer

 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)
João de Souza, decano de uma família de barbeiros |

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João de Souza, decano de uma família de barbeiros

Há algum tempo, uma leitora da coluna manifestou a preocupação de que a reforma do Bondinho da Rua XV pudesse ficar na promessa, já que aquele espaço cultural foi por tantas vezes esquecido. Mas o repórter fo­­­tográfico da Gazeta mostra que a reforma é para valer. Ele fez essa foto por sobre os tapumes e dá para perceber que a peça histórica está sendo realmente recuperada. Ótima notícia: o Bondinho da XV será em breve um "trem da leitura".

O imperador João

O barbeiro João de Souza, 65 anos, calcula ter meio século de serviços prestados às cabeleiras. Afastado do ofício há pouco por motivos de saúde, ele ainda é o bastião do tradicional Salão Imperial, na Cruz Machado. Não só: João – catarinense de Laurentino – é o decano de um time de pelo menos sete barbeiros em atividade no Centro de Curitiba, todos parentes.

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Conversa afiada

Por que Curitiba?

A gente vivia no campo, havia pouco estudo. Eu tinha um tio e um primo barbeiros. Me espelhei neles. Quando cheguei aqui, em 1965, eu já cortava cabelos. Acabei trazendo meus primos para a capital. Acho que o IBGE ia ter dificuldade de fazer o censo de minha família de barbeiros.

Suas cabeças ilustres...

Eu cortei o cabelo do Tenório Cavalcanti [o "homem da capa preta"], do Sylvio Caldas [cantor], do Jayme Canet [ex-governador], do Omar Sabbag [ex-prefeito]. Meu primeiro cliente foi o empresário Elias Tacla. Eu era um guri e recebi um elogio.

O senhor faz qualquer corte?

É só trazer o modelo. Estou cheio de varizes, fiquei doente. Mas o bom dessa profissão – além de conhecer pessoas – é que a gente sempre está com um dinheirinho. Não se aperta. E cliente chato – aquele do cabelo ruim e que culpa a gente – não volta. (risos)

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Depois da chuva

Gente que costuma caminhar pelas ciclovias de Curitiba e que faz "uma boquinha" nas frutas que vai encontrando pelo ca­­mi­­nho pode perceber a importância de uma boa chuva. As amoras começaram a amadurecer há algumas semanas, ain­­da com tempo seco. Mas os frutos eram miúdos e sem sumo. As que estão amadurecendo agora, por outro lado, são graú­­das e suculentas. "Dá gosto fazer uma paradinha", disse uma professora aposentada que caminhava na região do Parque da Barreirinha.

A velha inimiga

Jovem estava atrasado para uma consulta em determinada clínica oftalmológica e, na pressa, estacionou o carro em frente a um prédio em construção. Ao sair, só deu tempo de conferir a finalização do serviço do guincho que rebocava o seu carro para o pátio da polícia de trânsito, que fica lá nos confins do Uberaba. Foi um trabalhão para recuperar o veículo, fora a pesada multa. E o pior foi que, dentro da clínica, teve de aguardar mais de meia hora para ser atendido. O velho ditado continua atual...

Salvos pelo bebê

Nesta semana, bandidos tomaram de assalto o carro de uma família em Curitiba. Horas antes, o bebê da família cismou de querer a chave do carro. Depois de muito espernear, o pai resolveu acalmar o pequeno dando-lhe o controle do alarme. Quando todo mundo desceu e os bandidos zarparam, o pai recuperou o controle do bebê e acionou o alarme. Os marginais abandonaram o veículo correndo. Dentro tinha mais de mil reais em compras.

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"O afoito é suscetível à perda do bom senso, da prudência e do equilíbrio."

João Darcy Ruggeri, advogado e escritor paranaense.

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