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Entrelinhas

Horário impróprio

 | Eduardo Aguiar/Gazeta do Povo
(Foto: Eduardo Aguiar/Gazeta do Povo)

Estranhamente o trânsito fluía muito mais lento do que o normal no início da tarde de ontem na Rua Dr. Pedrosa e na André de Barros. Trecho que normalmente é vencido em cinco a oito minutos estava durando em torno de trinta minutos ou mais. E o motivo de tanta demora estava na pintura de faixas para pedestre na André de Barros, deixando a via em meia pista. A sinalização de trânsito é indiscutível. O que se questiona é se o horário escolhido, por volta das 14 horas, é o melhor para um trabalho dessa natureza. A motorista da foto matou o tempo com uma boa leitura.

Leve seu filho

Até 28 de abril, o ParkShopping Barigüi oferece a crianças e adultos a possibilidade de fazer uma trilha suspensa montada dentro do cenário de uma fábrica de chocolates. A trilha infantil, para crianças até 1,20 m, é mais "light", a 2,20 m do chão. Já o circuito aventura, para crianças maiores e adultos, terá várias atividades e uma trilha a 4,50 m de altura.

Local: Praça de Eventos do shopping Barigüi. Ingressos de R$ 15 para o circuito infantil e de R$ 20 para o adulto.

Curitibano ou soteropolitano?

A companhia aérea TAM aproveitou o aniversário de Curitiba para mandar mensagens via celular a clientes com promoções imperdíveis no preço das tarifas. Só que cometeu uma gafe bem feia, segundo uma leitora. Pelos 308 anos de Curitiba, a empresa queria prestar uma homenagem a todos os soteropolitanos. Adjetivo pátrio dado a quem nasceu em Salvador. O que em parte explica a gafe, já que Salvador e Manaus também fizeram aniversário ontem.

Terra de ninguém

Leitora conta que ficou abismada com o que vi na Rua XV no último sábado à tarde: em plenas comemorações do aniversário de Curitiba, o cal­çadão parecia terra de ninguém. A rua foi tomada por vendedo­res de filmes piratas e por umas três ou quatro barracas de came­lô, entre a Monsenhor Celso e a Marechal Floriano, que simples­mente se instalaram no meio do calçadão, atrapalhando o movimento de pedestres. O 156 da prefeitura, para variar, não atendeu. "Triste aniversário esse dos 318 anos. A cidade parece completamente abandonada!", desabafa a cidadã.

As caçambas

Está na hora de a prefeitura de Curitiba fiscalizar com mais rigor o material que é deposi­tado nas caçambas que recebem entulho de construções e reformas. A verdade é que se pode encontrar de tudo nesses recipientes. Destinados a receber unicamente resíduos da construção civil, basta dar uma olhada mais atenta para ver que todo tipo de material acaba sendo jogado ali. Na sexta-feira passada, numa dessas caçambas, no centro da cidade, além da caliça depositada era possível ver misturadas latas de tinta, garrafas e peças de metal e até restos de comida.

Lixo pelo chão

Três pessoas comentaram a nota da coluna sobre a atitude nada recomendável de catadores que, ao retirar o material que lhes interessa das lixeiras seletivas, espalham o que sobra pelo chão. O síndico de um prédio da Brigadeiro Franco relata o mesmo problema, tanto que teve de adotar uma solução egoísta, cortando o acesso aos depósitos. Mas, para ele, o que existe é um falta de cidadania geral. Já um morador do Bairro Alto diz que ouve barbaridades dos coletores da Cavo quando reclama que ficou lixo no chão. No Xaxim, catadores romperam cadeados de lixeiras externas de um condomínio para perpetrar a sujeira.

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"O importante é isso: ser capaz a qualquer momento de sacrificar o que somos pelo que poderíamos nos tornar."

Charles Du Bos, naturalista belga.

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