O mau humor foi generalizado no domingo pela manhã, por conta da maratona de Curitiba. Apesar dos inúmeros avisos, não faltou buzinaço e intolerância zero nas ruas bloqueadas. No trecho da Rápida do Portão com a Sete de Setembro, a cena beirou o grotesco. Por pouco os veículos não furaram o cerco dos policiais, quando na verdade a operação demorou 20 minutos. Somado ao barulho dos motoristas, moradores de um prédio saíram à janela para ver o show de grosseria. Muitos corredores – é evidente – não deixaram por menos: faziam gestos para os motoristas mais enlouquecidos, elevando a temperatura domingueira.

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Os usuários de ônibus de Curitiba que têm a sorte de embarcar em algum dos novos veículos em circulação experimentam viagens relaxantes mesmo em dias de agitação. Nesses veículos, entre as mensagens gravadas em voz suave que indicam as paradas, ouve-se música popular brasileira de bom gosto. Os passageiros demonstram gostar da distração, que é interrompida quando as portas se abrem e cada um parte para seus afazeres.

Quem garante trilha sonora particular, sem interrupção, são os passageiros que utilizam MP3, um acessório cada vez mais comum entre os usuários. Esses chacoalham ao som da própria seleção musical, completamente desligados do mundo.

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Com a ladainha própria dos repentistas nordestinos, grupos de ambulantes, vendedores de redes, cintos, carteiras e óculos, tomam conta da cidade. Não só no centro, mas nos bairros mais afastados. Para vender o produto, vale qualquer negócio. Um transeunte no Fanny saiu lucrando dia desses. Ao ser informado que um cinto de couro custava R$ 15, barganhou e levou pela metade do preço. O vendedor, ao ser perguntado, respondeu com bomhumor: "O importante é não voltar com o produto".

Mesmo devidamente orientado, usuário do transporte público ainda insiste em ser mal-educado. A frota nova de ônibus da prefeitura traz os lugares especiais em vermelho, diferente dos demais assentos, de cor cinza. Dia desses, um jovem insistiu em sentar no local preferencial. Foi avisado com educação pelo cobrador, mas só desistiu da teimosia quando um casal de idosos avisou-lhe que aquele era o lugar marcado para gente da idade deles.

As obras de recapeamento na Rua Mascarenhas de Moraes, no Santa Cândida, provocaram o desvio do fluxo de veículos na Rua Engenheiro Ernesto Guaíta. A rua faz esquina com a Amadeu Alice, mas nenhuma placa indica de quem é a preferencial. O resultado é uma seqüência de pequenas batidas no local. O que falta para a prefeitura colocar a devida sinalização no cruzamento?

Associados do Centro de Letras do Paraná se reúnem hoje para deliberação sobre a admissão de novos integrantes, às 16 h. Em seguida, todos são convidados para a palestra "A Guerra do Pente: Uma Sedição Curitibana", com Elísio Eduardo Marques. O Centro fica na Rua Fernando Moreira, 370.

* O cônsul-geral do Japão, Hirotsugu Hagiuda, recebe amanhã o título de cidadão honorário de Curitiba, por proposição do vereador Rui Hara.

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* "Na natureza não existem recompensas nem castigos – apenas conseqüências."(Robert Green Ingersoll)