Os artistas que fazem as estátuas vivas na cidade têm procurado "diversificar" a atração. Começaram pintados de branco, depois prateado e dourado. Agora, no calçadão da XV, há uma "estátua-São Francisco": todo coberto de barro e com um passarinho falso no ombro e outro na mão.
Ainda não consta nos mapas da cidade, mas a ligação entre as ruas General Aristides Athayde Junior e Desembargador Costa Carvalho, no que antes era o Clube Juventus, já está sendo bastante usada pelos motoristas, mesmo sendo ainda de terra.
Não há limites para a criatividade das pessoas que pedem esmola nos sinaleiros. Após ser consagrada a estratégia de colocar saquinhos com balas ou panos de flanela nos retrovisores dos carros com um bilhetinho, agora tem gente que escreve seu apelo em um papelão. A vantagem é economizar saliva e alcançar os motoristas de longe.
Saíram na sexta-feira as demonstrações financeiras da Fifa, a federação internacional do futebol. Os documentos incluem números maiúsculos, graças à bem-sucedida organização da Copa da Alemanha. As receitas foram de 662 milhões de euros (algo como R$ 2,7 bilhões), e o superávit ficou em 187 milhões de euros (R$ 757 milhões). Futebol é realmente um dos melhores negócios do mundo, quando bem tratado e bem jogado. A medicina caminha em direção a transplantes cada vez mais radicais. Os transplantes de rosto feitos nos últimos anos mostram que as intervenções estão cada vez mais ousadas. Na semana passada, cirurgiões chineses divulgaram o resultado do acompanhamento de cinco anos com pacientes submetidos a um transplante polêmico, de disco intervertebral. Os pacientes sofriam de hérnia de disco a hérnia é uma das principais causas de dores crônicas nas costas. O relato dos chineses é promissor: os pacientes estão relativamente sem dor desde a intervenção e não sofreram rejeição. Como a coluna vertebral é extremamente complexa, o transplante ainda é uma alternativa de tratamento considerada arriscada.
Causou espanto no país a notícia de que investidores informados com antecedência da aquisição do grupo Ipiranga pelo consórcio Petrobrás-Ultra-Braskem tinham tido lucros estratosféricos com ações da empresa. Infelizmente, no entanto, operações estranhas estão longe de ser raras na bolsa de valores. Recentemente, foi preciso que uma instituição que regulamenta o mercado americano investigasse uma operação para que ela fosse decifrada e punida com sanções a funcionários da Sadia, que estavam por dentro da proposta de compra hostil que a empresa fez à Perdigão.
E há empresas que se valorizam muito em um curto espaço de tempo e depois voltam a cair, sem razão aparente, em movimentos que nem sequer os especuladores mais ousados conseguem explicar. Nem sempre há sujeira por trás de operações desse tipo, mas elas precisam ser acompanhadas pelas autoridades. Na semana passada, por exemplo, houve o caso da Metalúrgica Paulista Iguaçu. Em três pregões, de quarta a sexta-feira, os papéis preferenciais da empresa valorizaram-se em 92%. A priori, não há porque imaginar que houve irregularidade. Mas porque tanta valorização em tão pouco tempo?
"Não faças aos outros aquilo que gostarias que te fizessem a ti. Os seus gostos podem ser diferentes dos teus." (George Bernard Shaw, dramaturgo irlandês, 18561950.)