Como é interessante a maneira como a língua evolui e como as palavras adquirem novos sentidos! Veja o caso da palavra "apagão", cujo uso anda muito popular ultimamente. A moda começou em 2001, quando o país foi submetido a um racionamento de energia por causa da seca prolongada, que havia baixado o nível dos reservatórios das hidrelétricas, aliada ao crescimento econômico que levava as indústrias a demandar mais eletricidade. Naquele tempo a expressão andava na boca de todo mundo, relegando ao esquecimento o estrangeirismo black-out (ou blecaute). Por analogia, começou-se a falar em apagão para outras situações em que se apontava para a escassez de determinado recurso necessário à saúde econômica do país. Assim, surgiram o "apagão aéreo", o "apagão florestal", o "apagão logístico". Então, na sexta-feira, uma agência de comunicação distribuiu um texto com o título "Falta de chuva amplia risco de novo apagão elétrico". Os novos usos alteraram o entendimento da palavra, mas apagão mesmo, de verdade, só pode ter a ver com eletricidade. Ou não?
Dia de jogo na Arena como foi ontem é dia de carro estacionado na calçada no Rebouças. E não é pouco: nas proximidades do estádio, fila dupla e até tripla em cima da calçada, com guardador cobrando para deixar o carro na rua. É abuso, ainda mais quando se leva em conta que essa trata-se da vizinhança mais policiada da cidade nesses momentos.
Um problema digno de histórias de ficção científica está tomando o planeta. Segundo especialistas, a demanda por serviços de transmissão por satélite tem crescido a ponto de temer-se pela escassez de capacidade operacional. A procura não é apenas de empresas de comunicação, como a p´rincípio se poderia imaginar: companhias de todos os setores precisam ter suas informações ao alcance do mouse, e por isso aumentam o tráfego de dados. E há ainda a prestação de serviços de internet banda larga por satélite pouco desenvolvida no Brasil, mas uma opção importante para locais no interior do país.
De hoje a quarta-feira a PUC é sede do Brasil H2 Fuel Cell/Expo Seminar 2007, um seminário internacional sobre o uso de células de hidrogênio para geração de energia. O tema é bastante atual: as células são vistas como uma alternativa viável no futuro para substituir combustíveis derivados do petróleo. A vantagem: a única emissão dos motores acionados por hidrogênio é de vapor dágua. Carros com o dispositivo devem entrar em produção comercial em 2010 na Islândia, país que está na vanguarda dos testes nessa área. Para saber mais, e conhecer in loco alguns mecanismos acionados por hidrogênio.
Os portais andam impressionando os políticos. Depois da frustrada iniciativa do vereador Elias Vidal de construir um no Bacacheri (ele próprio desistiu da idéia, depois de consultar os comerciantes da região), Beto Moraes propôs levantar um no Sítio Cercado. O projeto autoriza a prefeitura a criar o "Portal Izaac Ferreira da Cruz Shopping Aberto de comércio". Falta saber se a idéia vai adiante ou se morre na casca.
A discussão sobre os biocombustíveis e a polêmica sobre o seu efeito na produção mundial de alimentos continua. Na Europa, a adoção do biodiesel cresce rapidamente. Ainda na semana passada o governo de Portugal anunciou que faria testes com o combustível nas cidades de Guimarães e Famalicão, onde 240 ônibus serão abastecidos exclusivamente com biodiesel. O presidente do grupo local Martifer, que vai fornecer o combustível, garantiu que o projeto resultará em mais sustentabilidade social, não em escassez de alimentos. E garantiu que os produtores portugueses de girassol já estão encontrando preços melhores por causa do biodiesel.
Amanhã tem audiência pública da Comissão Permanente de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal de Curitiba. O tema são é a execução das metas fiscais da prefeitura para o segundo quadrimestre deste ano.
*** "O ciúme é um latido que atrai os ladrões." (Karl Kraus, escritor austríaco, 1874-1936.)