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Entrelinhas

O mico do ano

 | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo)
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2013 está chegando ao fim e, como acontece todo ano, este é o momento de fazemos um balanço geral do que passou. Por isso a coluna quer saber: em sua opinião, qual foi o maior "mico" deste ano em Curitiba e no Paraná? Para ajudar no muro de lamentações, temos algumas sugestões. Na opinião da coluna, um dos vexames do ano foi o vandalismo contra obras de arte da Bienal Internacional de Curitiba. No início de setembro, parte das peças da "Giant III" (foto 1), que trazia formigas gigantes no Jardim Botânico, foi danificada por pessoas que sentaram em cima da obra, desmembraram ou causaram outros danos à instalação. Mais recentemente, no fim de novembro, bolas espelhadas que estavam expostas no calçadão da Rua XV de Novembro foram usadas para uma brincadeira de tiro ao alvo. A constatação veio depois que três peças do conjunto se espatifaram no chão, assustando quem passava por ali. Técnicos da Bienal encontraram balas de chumbinho no meio dos pedaços que sobraram da obra.

Mas ocorreram inúmeras outras situações embaraçosas em 2013. Talvez a maior barbaridade do ano tenha sido a selvageria na Arena Joinville, em Santa Catarina, quando torcedores de Atlético paranaense e do Vasco envolveram-se em uma briga na arquibancada. Não foi no Paraná, mas pegou mal para o estado. E você, o que acha? Mande a sua contribuição para entrelinhas@gazetadopovo.com.br

Agradecimento

Há alguns meses, quando foi doar sangue no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, um morador de Curitiba encontrou uma cartinha fixada na parede (foto 2). Era um agradecimento assinado por uma criança de 5º ano do ensino fundamental. Dizia: "Não sei o teu nome, tua cor, a cor dos teus olhos, como é a tua voz nem teu sorriso. Não sei onde moras, o que fazes, do que gostas. Não sei se estás triste ou se sorri. O que sei é que o teu sangue circula dentro de mim. O teu sangue me dá vida hoje. E a cada doação de sangue que tu fazes, existem centenas de pessoas que, como eu, vivem da doação de sangue de alguém e querem hoje agradecer. Muito obrigada." Sem dúvida, um estímulo para quem ainda não é doador!

A pioneira e a pena 1

A escritora, pesquisadora, genealogista e assistente social curitibana Vera Maria Biscaia Vianna Baptista recebeu no dia 19 de dezembro, no Palácio Iguaçu, a comenda da Ordem Estadual do Pinheiro. Trata-se de uma das maiores honrarias do gênero no Paraná. A lista não deixa mentir. Na edição de 2013, foram agraciados nomes como o "papável" dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo; o senador Alvaro Dias; o cartunista Luiz Solda; o historiador Sérgio Nadalin; e a estudiosa de leitura e escritora Marta Morais da Costa.

A pioneira e a pena 2

Vera – autora de dois livros importantes para a genealogia paranaense: Curitibanos dos Campos Gerais e A longa viagem perto de casa – deixou sua cidade natal, Curitiba, no final da década de 1940, fixando-se na então Vila Primeiro de Maio, no Norte do Paraná. Acompanhava o marido, o castrense Milton Vianna Baptista, médico idealista para quem exercer a medicina era sinônimo de atender nos sertões. Se em princípio Vera era a esposa prendada, uma "moça da sociedade", como se dizia, logo se tornou parceira do sonho do marido, colocando-se a serviço do sanitarismo na região.

Colaborou: José Carlos Fernandes

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