A Trupe da Saúde, formada pela Universidade Livre da Cultura, iniciativa que integra cultura e saúde, na educação popular e na prevenção de doenças, conquistou o Prêmio Cultura e Saúde 2010, oferecido pelo Ministério da Cultura. Há dez anos, a Trupe leva o teatro aos hospitais, transformando a tensão do ambiente em brincadeira, alegria e improviso. A equipe de "loucologistas", formada por palhaços profissionais, faz intervenções divertidas para animar não só os pacientes, mas também familiares, médicos e enfermeiros.
Conversa afiada
O homem quer parar
Em junho de 1976, o Brasil recebia milhares de portugueses das colônias revoltosas e, dentre eles, estava Leong Chu San, hoje com 67 anos e "louco para se aposentar". San é filho de chineses mas nasceu em Moçambique. Por isso fala muito bem o português, lê a Gazeta diariamente e está por d entro da política. Menos de 20 dias depois de chegar ao Brasil abriu a lanchonete da Rua Barão do Serro Azul que administra até hoje. Ele é um tanto carrancudo à primeira vista, mas tem como contraponto a esposa, Maria, que é a simpatia em pessoa.
Por que o senhor deixou Moçambique?
A Revolução dos Cravos se espalhou pelas colônias e, mesmo que os negros estivessem poupando os chineses, a vida lá ficou difícil, não tinha futuro.
Como foi o começo aqui?
Comecei do zero. Um primo emprestou o dinheiro para comprar esse ponto. Nós morávamos em 15 numa quitinete da Rua José Loureiro. Só em 1984 consegui comprar o apartamento que temos no Bigorrilho.
Mas por que parar?
Isso aqui já teve seu auge. Ficava aberto até 2 horas da manhã, vinha o pessoal do governo do estado até do 1º escalão. Hoje não existe segurança para trabalhar à noite é nós estamos velhos. Vamos vender aqui e vou cuidar do meu reumatismo no apartamento que temos na praia.
Perigo na ciclovia
Nesses dias de cidade quase vazia, nem tudo são flores na ciclovia que liga o Bosque do Papa ao Parque São Lourenço. Na Rua Cecília Meireles, nas imediações do Jardinete Siegfried Rigler, um grupo de sujeitos está ameaçando ciclistas e pedestres. "São quatro ou cinco, que ficam provocando os que passam na maior paz. Cadê a polícia no feriado? A polícia sumiu?", pergunta um leitor da coluna.
Perigo na ciclovia 2
O mesmo leitor ainda informa que na mesma Rua Cecília Meireles, também nas imediações do Jardinete Siegfried Rigler, há uma "cratera" na calçada, o que impede que as pessoas circulem na dita ciclovia. "Teve um tempo em que a ponte da ciclovia caiu. Agora, é o 'chão' da ciclovia que está ruindo. Desse jeito, um dia a 'cidade' cai", protesta o mesmo leitor.
Falta conforto?
Comentário curioso o de uma senhora na quarta-feira à tarde enquanto aguardava que sua senha de atendimento no HSBC da Marechal Deodoro fosse chamada. Para um rapaz ao lado, ela atestou que ali deveria haver revistas da semana para entreter os clientes e uma tevê grande, de preferência digital. "Sabe por quê? Porque o lucro deles é fabuloso!" Seria bom. Mas a cliente esquece que até há pouco tempo não havia senha nem poltrona para sentar, e muito menos ar- condicionado. Já melhorou muito...
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"As amizades as puras amizades não nascem por acaso; por isso não têm preço e, portanto, são eternas."
João Darcy Ruggeri, advogado e escritor do Paraná.