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Entrelinhas

Que será da Rua da Alegria?

 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Em Curitiba existe uma vila chamada Esperança e nessa vila um beco, chamado de Rua da Alegria. O líder comunitário da região, Odair Soares Rodrigues, é conhecido como Lula. Tudo muito inspirador, mas longe de ser um conto de fadas. A Vila Esperança nasceu na década de 1970 como um conjunto popular – no bairro Atuba. Rápido ganhou a companhia de ocupações irregulares. No total, abriga algo próximo de 7 mil pessoas – 80 delas na Rua da Alegria.

Eis o ponto: o beco – formado há 20 anos – está em vias de ser desocupado pela prefeitura. A nova ordem gera tensão. A Rua da Alegria é considerada área imprópria para moradia – um fundo de vale, sujeito a alagamentos do Rio Atuba, lamacento e insalubre. É APP – Área de Proteção Permanente. O proprietário foi acionado várias vezes pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para que participasse do processo de desocupação, sem sucesso. A prefeitura decidiu tomar a frente e agora orienta os moradores para que se alistem na fila da Cohab, como primeira medida antes do próximo passo – a retirada, sabe-se lá para onde.

Regularização

A companhia de habitação ainda não realiza um trabalho nessa área – nem em outra próxima, o “Divino”, cujo apelido dispensa apresentações. Mas tudo indica que a Alegria vai se tornar para os anos 2010 o que foi a Ferrovila e a Vila Sabará para os anos 1990 – um símbolo dos dilemas profundos de moradia na capital. A pequena ocupação enfrenta todos os problemas urbanos de que se tem notícia – incluindo a maternidade adolescente. Das 80 famílias do beco, 15 são formadas por mães adolescentes (foto) .

PAC

Em tempo, a fonte de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, secou ou está em vias de, o que exige esforço extra dos poderes estadual e municipal, para desenvolver programas de conseguir verbas. Resta torcer para que haja interesse: a Esperança e a Alegria se confundem nas divisas com o município de Colombo, o que se tornar cada vez mais comum nas conturbações urbanas. A gestão metropolitana é que é incomum, ainda que desejável.

Reciclagem agrícola

Agricultores da região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, podem aproveitar ação do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) para entregar suas embalagens vazias de defensivos agrícolas. Em parceria com a Emater, a ação vai ocorrer todas as terças-feiras do mês de setembro, sempre em uma cidade diferente. Nesta dia 8, será na Colônia Witmarsum. Nas próximas semanas, será nas comunidades de Lustosa (Ipiranga), Sul Paraná (Castro) e no Centro de Eventos de Ivaí, respectivamente. As embalagens serão encaminhadas para reciclagem ou incineração. Mais informações pelo email cascavel@embalagensvazias.org.br ou telefone (45) 3037-5933.

Aviões de papel

Vem aí o II Torneio de Aviões de Papel de Curitiba. Sucesso e sua primeira edição, a competição está com inscrições abertas em três categorias: 6 a 8 anos, 9 a 11 e 12 a 14. Ganha quem lançar o avião na maior distância. Para participar é preciso doar alimentos não perecíveis ou R$ 2 em prol da Toca de Assis, ONG que ajuda pessoas em situação de rua. Mas corra: as inscrições vão só até quinta-feira (10). Os vencedores de cada categoria vão ganhar um passeio panorâmico de avião por Curitiba, mini-cursos de pilotagem em simuladores de voo e poderão conhecer um avião do tipo Xavante. O campeonato é no próximo sábado (12), na Escola do Bosque Mananciais (Rua Mateus Leme, 4.248). Mais informações pelo telefone (41) 3352-4678.

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