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Curitiba estará borbulhando neste sábado, 29 de março, aniversário de 321 anos da cidade. Além de bolo gigante no Parque Barigui, show do Roberto Carlos na Pedreira Paulo Leminski e eventos pipocando por todo canto, haverá uma empreitada cultural-gastronômica no restaurante do Passeio Público. Por iniciativa da chef Helena Menezes e do professor da UTFPR Eloy Casagrande, que encabeça um movimento pela revitalização do parque mais antigo da capital, será recriado no Passeio o risoto servido por mais de 20 anos no Vagão do Armistício – cantina mantida pela família do artista Poty Lazarotto entre 1937 e 1960. "Como minha família habitava a poucos metros do vagão, ouvi as histórias de minha mãe e irmãs ainda adolescentes, que iam ajudar no risoto quando a demanda aumentava, e assim também tietavam os artistas famosos que ali apareciam depois dos shows em Curitiba", conta Casagrande.

Risoto do Armistício 2

Curitiba deve ao Vagão a descoberta de Poty Lazarotto, que no dia 29 completaria 90 anos de idade. O restaurante se tornou um importante espaço de sociabilidade da Curitiba da primeira metade do século passado e passou a ser frequentado por artistas e por Manoel Ribas. Ali o jovem Poty foi descoberto pelo interventor, que se tornou mecenas do ilustrador.

Ditadura 1

A coluna de ontem mostrou que logradouros públicos de Ponta Grossa carregam denominações em homenagem à ditadura. Entre eles, o núcleo habitacional 31 de março, construído três anos após o golpe militar que mergulhou o Brasil em duas décadas de autoritarismo e que traz no nome o dia em que os militares tomaram o poder. Para o leitor José Wlodkovski, que tinha 15 anos na época em João Goulart foi retirado da presidência, a coluna está errada ao lamentar o golpe e os brasileiros deveriam reconhecer o quanto foi importante para o país o período dos presidentes militares. "A história costuma restabelecer a verdade e, quem sabe, chegará o dia em que 31 de Março será comemorado como o dia em que o Brasil mudou o seu destino de uma mera republiqueta da América do Sul para um país de futuro melhor", diz ele.

Ditadura 2

O leitor ressalta que "os presidentes militares criaram incentivos para a indústria, fortaleceram a Petrobras durante a crise do petróleo e o país teve um crescimento impressionante". De fato, ocorreram momentos de prosperidade na economia, com taxas de crescimento de dois dígitos ao ano. Por outro lado, houve endividamento do país, com empréstimos tomados dos Estados Unidos e do FMI, hiperinflação e arrocho salarial. Além do horror que vigorou na área política, com assassinatos e prisões – o que, por si só, desestimula qualquer tipo de homenagem.

Índio quer ficar rico?

Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Durante manifestação de um grupo de indígenas em frente do núcleo do Ministério da Saúde em Curitiba (foto), na manhã de ontem, um suposto "consultor de cassinos de Las Vegas" não perdeu a oportunidade de divulgar seu negócio. Ignorando a reivindicação por melhorias no atendimento à saúde, ele entregou um cartão com os dizeres "How to play winning" ao cacique e tentou convencê-lo a montar um cassino na aldeia. "Só estou aqui dando uma ajuda, ensinando como eles podem ficar ricos e resolver todos os problemas", disse à repórter da Gazeta. Um funcionário da Funai, que estava no local, afirmou ter pedido para o senhor se retirar, por "estar ensinando contravenção aos índios". Colaborou: Bruna Komarchesqui

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