O termo rolê – no seu sentido "anarco-shopping" – é da hora, mas a prática, tanto a de visitar em bando quanto a de se apavorar com a visita, talvez tenha sua pré-história num tempo não muito longe daqui, na Curitiba dos anos 1990 e meados dos anos 2000. Basta puxar pela memória. Em 1997, o Shopping Estação, implantado num popularíssimo espaço da capital – a ferroviária – surgiu na praça com uma proposta inovadora, a de ser um shopping de lazer, o único no gênero no país. Chamou atenção. À época, e à boca pequena, já se profetizava que o local ia se tornar – e sabe-se lá por que o espanto – point da gurizada da periferia.

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Como ação preventiva contra a temida proximidade entre classes sociais diferentes, o local cobrava ingresso, para surpresa geral.

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A medida não teve o efeito esperado, pois a rapaziada adepta do hip-hop decidiu pagar o preço da entrada. Poucos anos depois, o conceito do shopping mudou, as empresas de segurança privada continuaram prosperando no local, mas o Estação, popular de fato, permanece cheio, graças a todas as gentes que o frequentam. É de pensar.

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Em 2008 foi a vez do Shopping Palladium, plantado na antiga zona operária da cidade – um epicentro do Novo Mundo, Capão Raso, Fanny e Portão. Virou notícia, pois houve um princípio de pânico quando uma moçada de boá rosa e azul decidiu entrar para uma voltinha, hoje "rolê". Era nada mais do que justo, uma vez que o shopping se instalara no quintal da casa deles. O repúdio não pegou bem, a hospitalidade que veio depois, sim. Quem já viu o Palladium vazio que levante a mão.

Entrega sem poluentes

A preocupação com o meio ambiente chegou ao sistema delivery. Uma empresa criada há quatro meses em Curitiba, a SemCO2, oferece serviços de entrega feitos apenas com meios de transporte que não emitem gás carbônico, como bicicleta e roller. Também há funcionários maratonistas, que fazem a entrega a pé ou correndo. A empresa tentou utilizar skate, mas percebeu que era inviável diante da condição das vias da cidade. Para o futuro, a ideia é adquirir carros elétricos. Segundo um dos diretores da SemCO2, Reginato De Souza, de 45 anos, são duas formas de atuação: oferta do serviço para empresas, como lanchonetes, e diretamente para pessoas físicas. "Se a pessoa precisa pagar uma conta no banco ou buscar uma chave, fazemos o trabalho. Cobramos a partir de R$ 10", explica. Embora a SemCO2 fique na região central de Curitiba, Souza diz que a empresa faz entregas em qualquer região da capital paranaense. Os objetos devem ter no máximo seis quilos.

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A SemCo2 tem hoje contratos com oito pessoas jurídicas. Cerca de 30% dos pedidos são de pessoas físicas. "Dia desses fomos fazer a troca de um sapato para uma cliente que precisava de outro número", diz Souza. Em seu site, a empresa informa que os funcionários são capacitados para realizar as entregas no menor tempo possível. Há seguro para acidentes e para os volumes devidamente informados pelos clientes. Saiba mais em: www.semco2.com.br.

Persistentes

Há uma semana a coluna publicou reclamação de cliente de celular da TIM sobre o serviço de cancelamento de mensagens publicitárias da operadora. O usuário havia solicitado a suspensão do SMS com anúncios da empresa, mas continuou recebendo toques insistentes no celular alertando sobre promoções e serviços. Procurada pela coluna, a TIM informou que "ocorreu um problema sistêmico, o qual já foi corrigido". Depois disso, a mesma situação ocorreu com esta colunista, que cancelou o serviço na quinta-feira passada e na sexta já havia recebido um novo anúncio publicitário.

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