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No terceiro ano do Ensino Médio, Maria Cristiane Andrade recebeu uma missão de seus professores, no Colégio Estadual Professora Ivone Soares Castanharo: escrever uma redação que respondesse à questão e "se eu fosse senadora"? A estudante de Campo Mourão, no Noroeste do Paraná, caprichou. Foi selecionada e enviada para representar o Paraná em Brasília no projeto "Jovem Senador", ao lado de indicados de cada uma das 27 unidades da federação. "Foi uma experiência única. Eu nem tinha conhecimento de como funcionava o Poder Legislativo", conta a jovem. O primeiro trabalho foi eleger a mesa diretora. Depois disso, a divisão nas comissões temáticas. A paranaense ficou na de Meio Ambiente, em conjunto com representantes do Rio Grande do Sul, Ceará e Amapá. O grupo elaborou um projeto de lei para incentivar a construção de reservatórios que armazenem água em períodos de pouca chuva. A proposta recebeu uma emenda no plenário e foi aprovada. Do "parlamento jovem", os temas aprovados passam a tramitar para valer no Senado, e podem até virar lei.

Outras culturas

A experiência dá aos jovens a noção da diversidade cultural brasileira. Maria Cristiane não sabia, mas descobriu que seu sotaque é parecido com o de Brasília. "Mas muito diferente de como é na Bahia, em Roraima". Ela mantém contato pelas redes sociais com a representante do estado do Acre, sua colega de quarto no Congresso Nacional. Outra coisa que pesou a favor do programa foi o fato de serem todos adolescentes. "Um entendia o outro, então a gente se divertia, mas também estudava, discutia o que defender no dia seguinte, ia formando as ideias", conta a jovem.

Mochila nas costas e cidadania em mente

Quase 500 escoteiros paranaenses desembarcam hoje em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, para o VI Jamboree, acampamento que reúne mais de três mil jovens de todo o país. Além de fazer amigos e conhecer culturas, os inscritos participam de "atividades divertidas, que exigem que eles atuem como protagonistas e sejam responsáveis pelas suas próprias experiências", conta a jornalista Renata Ortega, voluntária e responsável por acompanhar 14 curitibanos de 11 a 14 anos. O acampamento vai até o dia 16 de janeiro. O escotismo tem como objetivo propiciar o desenvolvimento do jovem nas áreas física, intelectual, afetiva, espiritual, social e também no caráter.

"Detetives" do patrimônio

Reunidos sob o sugestivo nome "Sherlock Holmes Cultura", um grupo de moradores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, resolveu partir para a busca de objetos históricos que desapareceram da cidade nas últimas décadas. A idealizadora é a professora universitária aposentada Neuza Helena Postiglioni Mansani. Na juventude, ela conheceu uma fonte luminosa que enfeitava a Praça Barão do Rio Branco, no Centro da cidade. "Quando o prefeito da época retirou a fonte da praça, prometi a mim mesma que um dia faria alguma coisa para proteger os bens culturais da cidade". Entre os objetos procurados pelo grupo estão o motor da antiga fonte, os espelhos franceses de cristal do Cineteatro Ópera, o sino da Santa Casa de Ponta Grossa e a cruz de madeira da antiga Catedral Senhora Sant’Ana (demolida em 1978). Mais informações: https://www.facebook.com/groups/604360979686350/

Altar encontrado

O grupo descobriu o paradeiro de alguns objetos que ajudam a contar a história de Ponta Grossa, inclusive um dos altares laterais da antiga Catedral, dedicado a São Sebastião. A peça está na fazenda do engenheiro civil Elton Doná, no distrito de Guaragi, a quase 30 km do Centro de Ponta Grossa. "O altar foi encontrado todo desmontado dentro da propriedade", pontua Doná, que adquiriu a fazenda em 2002. A pedido dele, a arquiteta Joana Bertocco realizou a restauração da peça entre o fim de 2004 e o começo de 2005. Doná não sabia que os "sherlocks" estavam à procura do altar, mas uma pessoa que estava numa festa de casamento na capela da fazenda, em 2014, reconheceu a peça e avisou o grupo.

Colaboraram: Naiady Piva e Derek Kubaski, especial para a Gazeta do Povo.

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