Como disse o Tavares, aqui da Redação, o próprio Galvão Bueno teve de engolir, no ar, ao vivo e a cores, os argentinos. Eles deram um baile na Sérvia e Montenegro. Já tem gente afirmando que pintou o campeão. Será? Na dúvida, Beronha encomendou charuto, galinha preta e farofa para iniciar despachos em série.
Voltemos ao Brasil. O que esperar da seleção amanhã? Com a palavra o Flávio de Jesus Stege Júnior, direto do Luzitano:
* O Brasil largou para a disputa de mais um Mundial (e sua conquista, pois moramos aqui) cheio de expectativa. Expectativa criada pela imprensa e transferida para a torcida, que, neste domingo, contra a Austrália, irá cobrar talvez até exigir uma performance à altura de uma seleção brasileira tão decantada.
O time que começou a partida contra a Croácia pode muito bem derrotar os cangurus (olha a expectativa) porque, apesar de contarem com um técnico que levou a Coréia do Sul a um quarto lugar duvidoso em 2002 (os espanhóis que o digam), o time australiano só largou bem na Copa graças à colaboração japonesa. Nesse caso, só resta ao Brasil jogar o que sabe e sempre soube e se houver necessidade de alguma mudança fora dos padrões do Parreira, que ele não seja pragmático (expectativa de novo).
* Registro: duas invasões de campo em seis dias de Copa. Uma no jogo Brasil x Croácia e outra no Tunísia x Arábia Saudita. Se fosse aqui...
* Aproveitando, uma errata (que deveria partir da própria revista): o guia da Placar tem diversas mancadas. Referindo-se à Copa de 1938, coloca como ilustração a bandeira da Itália quando o correto seria a bandeira francesa para localizar o país-sede. No ranking histórico, misturou as bolas quanto à Romênia, que aparece com 830 derrotas! E Nova Iorque virou a capital dos Estados Unidos.
O guia se auto-intitula "o autêntico e mais completo".
Ronaldão
Segundo Beronha, o Parreira tem razão em não tentar sacar o Ronaldo. Do jeito que está, o Fenômeno é simplesmente irremovível.
Remember
Para quem não gosta de futebol ou vai continuar torcendo contra, uma sugestão: o clássico Anatomia de Uma Derrota, de Paulo Perdigão, que esmiuça a Copa de 50 sob vários aspectos, do político e econômico ao social.
E brinda o leitor com Brasil x Uruguai, transcrevendo a narração da Rádio Nacional do Rio, com Antonio Cordeiro (lances do lado esquerdo do campo) e Jorge Curi (lado direito).
Em tempo: o livro de 1986 foi relançado recentemente, é só procurar. E existem também os sebos da cidade.
Que o domingo nos seja leve.
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