O Adão Plínio da Silva, ex-jogador e ex-técnico de futebol, era famoso por suas "tiradas". Jogou no Botafogo e ficou amigo do Ermelino Matarazzo, então goleiro reserva do alvinegro carioca. Na Copa do Mundo de 1950, Ermelino era dono de um camarote do Maracanã e levou uns doze colegas para assistir à final contra o Uruguai. Como o camarote servia para quatro, um deles voltava com o documento e levava mais três. Na última viagem foi a vez do Nego Adão voltar. O porteiro desconfiou e perguntou:
Aonde você vai?
Vou apagar o farol do meu carro.
Eram três horas da tarde.
Essa o próprio Ermelino me contou em pleno Palácio Iguaçu, depois de uma entrevista com o governador Paulo Pimentel.
Magic Johnson assustou as tias
O arquiteto Lubomir Ficinski contou, tempos atrás, uma fantástica história vivida por duas tias em Nova Iorque.
As tias foram alertadas para que tomassem cuidado, pois a cidade era muito perigosa, especialmente à noite. Mas mesmo assim as duas se arriscaram e foram assistir a um espetáculo noturno. Voltaram abraçadinhas, agarradas às suas bolsas e de olhos bem abertos.
Aliviadas, chegaram ao hotel, pegaram a chave do apartamento e entraram no elevador. Quando a porta estava semi cerrada, viram um braço segurá-la e um negro forte, de dois metros de altura, entrar com um cachorro enorme.
Mal entrou, o homem comandou:
Seat down!
As duas não titubearam. Sentaram dentro do elevador. O negro deu um sorriso meio sem jeito, disse "sorry" e saiu logo em seguida, um andar antes antes do das tias.
No dia seguinte, as duas pediram as contas. Foram surpreendidas pela gerência com um pedido de desculpas e a informação de que a conta estava paga.
O negrão de dois metros, dono de um sorriso simpático, era nada mais nada menos que o jogador de basquete Magic Johnson, que ficara incomodado com os susto involuntário que dera nas duas senhoras ao mandar seu cachorro sentar-se.
Eu o Ivo
Não rao, o Ivo Arthur é confundido comigo. Em certa ocasião, foi a um café no centro da cidade e a moça do caixa me perguntou:
Tudo bem, seu Malu?
Tudo bem devolveu o Ivo.
Ele me contou a história. Voltamos ao café, mas não encontramos mais a moça. Ficou por isso.
No primeiro sábado de novembro, ele encontrou o distinto causídico Amando Barbosa, com quem tem uma boa amizade. Conversavam em frete a uma banca de peixe na feira, sobre assuntos culinários. O tom de voz era alto e o feirante acompanhou a conversa até que ambos se despedissem.
No sábado seguinte, o Ivo voltou à feira e, ao passar pela banca de peixe, foi cumprimentado em voz alta pelo feirante:
Bom dia, senhor Malu.
Ivo aproveitou a deixa para desfazer a confusão. Disse que me contaria a história e me apresentaria ao feirante. Na mesma hora outra pessoa passou e chamou o Ivo Arthur pelo nome. Uma senhora de mais idade que estava na banca falou:
Ah, é o das receitas...
Não tem jeito, acabam sempre nos confundindo. Sorte que somos amigos.