O arquiteto Eithel Horta contou numa roda, reunida no Café Lucca, que o advogado Eduilton Basseti, recentemente falecido, passou por um momento hilariante, quando atuava como promotor público em Pitanga, ainda no governo do interventor Manoel Ribas.

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Estava na Delegacia de Polícia conversando com o delegado quando entrou um gaúcho, uns dois metros de altura, todo pilchado, mal-encarado e que, de imediato, perguntou:

– Quem é o delegado?

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Os dois teriam "amarelado", mas o delegado imediatamente empunhou o revólver que estava no coldre na cintura e indagou:

– O que o senhor quer?

O gauchão que causara o susto respondeu gentilmente e com voz macia:

– Queria convidar "vosmecê" para um churrasco...

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Fontana: não era com ele – O advogado Fernando Fontana, considerado um administrador e um político idôneo e que exerceu vários cargos em nosso estado, passava pela Boca Maldita e viu, a distância, o jornalista Luiz Geraldo Mazza vindo em sua direção gritando:

– Ladrão! Ladrão! Ladrão!

Como sempre foi seu amigo, Fernando chegou à frente do Mazza e o questionou:

– O que é isso Mazza?

– Não é com você. A "brincadeira" é para uma "alta autoridade" que estava às minhas costas merecedor do "elogio"...

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O ativo Melara – Carlos Melara, apelidado de Pestana, que trabalhou muitos anos na Federação Paranaense de Futebol, no gozo de seus 95 anos, ainda participa ativamente de bailes da terceira idade, e, segundo consta, ainda faz aventuras amorosas.

Dia desses andava ligeirinho pela Boca Maldita quando cruzou com o cronista Antônio Carlos Carneiro Neto, que indagou :

– Melara aonde vai com tamanha pressa?

– Vou almoçar com o papai...

Troca de "gentilezas" – O jornalista e escritor Pedro Washington, que há longos anos ostenta uma "cabeleira conversível" soube que seu amigo Mário Lorusso, dono da famosa Casas Lorusso, desativada há alguns anos, numa viagem de retorno a Curitiba, teve problema na hora de embarque em São Paulo.

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Mário estava com sua esposa, Regina, e a recepcionista da companhia aérea informou que naquele vôo só tinha uma vaga.

– Mas eu não posso deixar meu marido sozinho, pois ele é deficiente auditivo!

A moça penalizada quebrou o galho e os dois viajaram juntos.

Tão logo soube da história, Pedro ligou para o Lorusso:

– É o deficiente auditivo?

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E ele de imediato respondeu, identificando a voz do outro lado:

– Ah! É o deficiente capilar?

As artes do Basílio Villani – O bancário aposentado Marco Aurélio tinha o costume de remover qualquer tipo de cisco que encontrasse nas roupas das pessoas com quem conversava. Seus colegas de diretoria do Banco Bamerindus, Basílio Villani e Antônio Zanini, resolveram pregar-lhe uma peça, como conta o Patrício Caldeira de Andrade.

O Zanini vestiu um vistoso paletó preto e colocou um carretel de linha branca no bolso interno e estrategicamente enfiou com uma agulha e deixou uma ponta para fora, bem visível.

Zanini e Villani pegaram o elevador, e o Zanini postou-se ao lado do Marco Aurélio meio de lado para que ele notasse o "cisco". Não deu outra: o Marco começou a puxar o fio que naturalmente não tinha fim e para seu desespero, o Basílio olhava espantado para a manga do paletó do Zanini afirmando que a mesma estava se soltando.

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Aí o Marco Aurélio se tocou...

O rádio do Nagib Chede – Anos atrás, o hoteleiro Jonel Chede, que hoje luta pela revitalização do centro de Curitiba, foi com seu tio Nagib Chede, então dono de emissoras de rádio e tevê, para Foz do Iguaçu e aproveitaram para dar uma passada no outro lado da fronteira.

Numa loja de eletrônicos, Nagib encantou-se com um rádio e por sorte quis testar imediatamente. O aparelho não funcionou.

Resposta do "esperto" comerciante:

– Esse só funciona no Paraguai...

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As agruras do autor – Pedro Washington, autor do livro "Paraná Político", editado em1989, visitou vários deputados e políticos para vender a sua obra.

No gabinete de um deles, a secretária achou o preço muito caro. Desconcertado, Pedro viu em cima da mesa da distinta a revista Hypos (obviamente sobre cavalos), cujo preço era superior ao custo de sua obra, que tanto trabalho lhe deu.

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A coluna é dedicada a sra. Lígia De Bona, que fez um trabalho magnífico restaurando recortes de jornais colhidos pelo seu pai Marcos de Bona – irmão do pintor morretense Theodoro De Bona – com notícias não só da família, como da terra de Rocha Pombo.

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Moqueca de garoupa e camarão

Ingredientes para 6 pessoas: Dois quilos de garoupa em postas – pode ser badejo ou prejereva – sem espinhos; 1 quilo de camarão-rosa ou branco, descascados; 3 cebolas e meio quilo de tomates maduros fatiados; 1 pimentão vermelho picado; meia cabeça de alho moído; meia xícara de óleo de milho; meia xícara de alfavaca fresca picadinha e pimenta de cheiro a gosto; um copo de vinho branco seco e meio litro de água mineral.

Modo de preparar: Fritar a cebola, o alho e o pimentão no óleo, depois os tomates, e cozinhar por 10 minutos. Colocar inicialmente os filés de garoupas que já devem estar salgados. Depois de uns 15 minutos, pôr o vinho e deixar evaporar com a panela destampada. Cozinhar mais uns 10 minutos, pôr os camarões e cozinhar mais 5 minutos. Ponha a água quente e a alfavaca. Tampe a panela e desligue o fogo.

Se você gostar de dar um toque especial na moqueca, faça como eu: pique um pouco de bacon defumado, com pouca gordura, e frite bem antes das cebolas, o alho e os pimentões.

Separe um pouco do caldo e faça um pirão. Acompanha ainda arroz e uma salada mista.

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