Conta o cirurgião vascular e advogado Jorge R. Ribas Timi, professor da UFPR e da Evangélica e autor de vários livros, que "em um serviço público de saúde um casal de velhinhos espera para ser atendido no corredor da ecografia. São 7 horas da manhã, a temperatura é 2 graus. O médico abre a porta da sala e chama o senhor José Aparecido para fazer um ecodoppler dos membros inferiores. O ecodoppler é uma ecografia da circulação. Neste momento o ar aquecido da sala de exame invade o gélido corredor.

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Seu José Aparecido levanta com dificuldade, devido a uma seqüela de um derrame cerebral. É ajudado pela velha senhora que está ao seu lado. A enfermeira o posiciona na mesa de exame, e o dr. Henrique inicia o procedimento pelas virilhas. Como a enfermeira saiu da sala, resta ao dr. Henrique pedir à senhora que lhe ajude, afastando a cueca do paciente da virilha direita. É prontamente atendido. Ao fazer o exame da virilha esquerda, o pênis também está no caminho do médico, que novamente pede a senhora que afaste a cueca do pênis. Graças ao auxílio, o exame flui rapidamente.

Quando está quase encerrando, o dr. Henrique precisou de um esclarecimento que o senhor José Aparecido não soube responder. Ato contínuo, o médico repete a pergunta para a senhora:

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– Não sei! Conheci ele agora pouco no corredor.

– Como, a senhora não é esposa dele?

– Não! – respondeu na maior simplicidade a prestativa velhinha.

– E por que entrou com ele?

– É que o meu é o próximo exame e aqui está quentinho. Nós estávamos congelando no corredor.

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Assim seguiu o dr. Henrique na sua rotina, fazendo seu segundo exame do dia na velha senhora. Argentino radicado em Curitiba há várias décadas, divagava sobre a simplicidade do povo brasileiro, mas tomou o cuidado de não ter a presença do senhor José Aparecido na sala.

As patuscadas do Malu – No último sábado fiz três patuscadas. Nas duas histórias dos nomes de Morretes, na primeira sobre a nora do Antonio Celso Stocco Pinto de Jesus, comi um "O" e escrevi Sticco. A história não perdeu o sentido porque ela se chama Andréa Oliveira Lima e se casou com o Luís Henrique T. Pinto, e na hora de assinar os documentos fez a exigência de não assinar os sobrenomes como Lima Pinto.

A outra, que teve grande repercussão lá na minha terra, foi a que contei que a Elisabeth Stocco, cunhada do Eric Hunsicker, casou com o também morretense Sérgio Conforto e passou a assinar Stocco Conforto. Só que o nome do Eric saiu Érica. Mas como o original é estimadíssimo em Morretes, o erro que cometi, involuntariamente, teve grande repercussão por lá, e inclusive aqui em Curitiba, pois na terça-feira, na Confraria do Macedo, onde o Eric é um dos destacados membros a "Érica" ganhou até um buquê de flores e um bilhete com "juras de amor" dos seus confrades.

E por último, o título da receita: Garoupa com Alice, e que saiu Garoupa com a Alice. Fui até "ralado" pela psicóloga Maria Rafart, que queria saber quem era a tal Alice.

Restaurantes preferidos – Dorival Vianna, um destacado profissional de marketing, indica os seus preferidos, ele que é, também, um cozinheiro refinado:

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1 – Ile de France – Camarão ao champagne

2 – Barolo – Conchiglia ao molho San Marino

3 – Camponesa do Minho – Bacalhau Gomes de Sá

O copo é meu – Conta o médico Zenon Herrera que na antiga Toca do Tuca, uma confraria do Clube Curitibano, que era ainda na Casa dos Arcos, ocorreu, uma certa noite, um apagão, ficando totalmente às escuras. Alguém, no meio da escuridão bradou:

– O duro agora é saber de quem é o copo...

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Ao que o Celso Portugal – é o atual presidente da confraria – respondeu:

– Isto para mim não é problema..

– Por quê? – alguém indagou.

– Eu não largo o meu copo nunca! – respondeu o estimado amigo Celso Portugal.

O Zé Pinho de Piraí – O Luiz Fanchin Jr., membro da ACCPR, contador e auditor, com 40 anos de experiência, de volta da Itália depois de longas férias, volta a contar histórias da sua amada Piraí do Sul, e uma do Zé do Pinho.

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– Ele nasceu e foi batizado com o nome de Gerson José Fanchin. Como seu avô se chamava José, que em italiano é Giuseppe, a Nona o chamava de Bepino. A outra avó, dona Sinhá, que era cunhada do maestro Bento Mossurunga, brasileira da gema, passou a chamá-lo de Zepinho e assim ele cresceu. Aos 18 anos foi servir o Exército na PM do Rio. Como jogava bem futebol, foi convidado para treinar no Flamengo. Lá foi anunciada a nova contratação vinda do Sul do país: Zé do Pinho. Como o carioca vive em festa, logo que terminou o treino alguns jogadores o convocaram para uma roda de samba, certos de que ele deveria tocar violão. Na verdade, ele, criado em cidade pequena como Piraí, mal sabia cantar as músicas da igreja que a Nona e as tias carolas o ensinavam

O "francês" da dona Ana Lúcia – O empresário Ivano Abdo conta uma passagem ocorrida em Paris, quando sua esposa, a psicóloga Ana Lúcia, chamou a si a comunicação, pois disse que dominava a língua.

Abdo, que fala inglês e entende um pouco da língua da terra de Edith Piaf, concordou e logo que chegaram à Gare du Nord, Ana Lúcia falou com o motorista do táxi e deu endereço do hotel onde ficariam hospedados.

O motorista sacudiu o ombro e deu a entender que não havia compreendido.

– Abdo, que língua ele está falando?

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– Francês, ué!

O Abdo, que tem o maior respeito pela esposa, tentou aliviar a barra e assegurou que o taxista era um imigrante recém-chegado e que falava muito mal o francês daí não ser compreendido pela nossa simpática conterrânea.

A coluna é dedicada ao brilhante professor Belmiro Valverde Jobim Castor, uma das grandes inteligências de nosso estado.

Sopa ucraniana (borchtch)

É uma sopa forte para dias frios, de autoria da sra. Antonia Conrado, avó da Joselete Conrado, uma gentil amiga e alta funcionária do INSS.

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Ingredientes para 6 pessoas: Um kg de bisteca de porco; 3 litros de água; 3 beterrabas médias; duas cenouras; 3 batatas médias; 300 gr de repolho; 2 tomates maduros sem pele e sementes; uma xícara de vinagre; óleo para fritar; uma cebola; 2 dentes de alho amassados; coentro, pimenta, sal, nata azeda ou creme de mesa.

Preparo: Fritar a carne com sal e deixar cozinhar. Reserve. Fritar a cebola, o alho, refogando com os tomates picadinhos, a cenoura em rodelas finas e a batata cortada em pedaços pequenos. Tempere com sal, endro e pimenta. Cortar o repolho em tiras finas e incorporar aos legumes. Cozinhe em fogo baixo até que os legumes fiquem macios. Ralar as beterrabas, deixando repousar no vinagre por 15 minutos. Retire a carne da panela, elimine o excesso de gordura, retirando os ossos. Coe o caldo para desnatar a gordura e incorpore os legumes, a beterraba, a carne e deixe cozinhar por 10 minutos. Experimente o sal, junte a nata e sirva com fatias de broa de centeio.

Há os que gostam de um borchtch mais espesso, juntando farinha de trigo com três colheres de água fria e o caldo da sopa.