O médico Júlio Siqueira – um angiologista famoso, segundo o meu amigo Júlio Gomel – trabalhou uns tempos no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho onde vivenciou situações difíceis e outras hilariantes.

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Uma delas foi lidar com um doente que era literalmente maluco e não deixava ninguém entrar na cela. Ele os agredia violentamente, mesmo quando pretendiam lavar o cubículo ou levar-lhe comida.

Um dos serventes teve um rasgo de criatividade: fez um buraco na porta que só passava a mão do doido. De fora, acenavam com uma banana ou outra comida. Quando o distinto punha a mão pra fora para apanhar o objeto oferecido, o agarravam e os demais entravam na cela para fazer a limpeza geral pois a bagunça era geral.

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Outra que o Júlio conta: certa feita, um bispo foi rezar uma missa. Ao fazer o sermão, "sentiu" que os doentes estavam gostando e ficou quase três horas falando.

Só depois soube que os doentes estavam todos devidamente dopados para se comportarem.

Os delegados de antigamente – Roberto França, farmacêutico em Morretes – avô materno do industrial Celso Franco de Macedo, dono da Perfecta –, foi também, por algum tempo, delegado de polícia. Tão logo assumiu, baixou um edital espalhado pela cidade:

Delegacia de Polícia

Roberto França, delegado de polícia do Termo de Morretes.

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Faz saber aos que o presente virem ou delle conhecimento tiverem que, de acordo com a Lei Municipal, fica terminantemente prohibido dentro do perimetro urbano carros, cavalleiros e qualquer outro vehiculo a galope e bem assim estalos de chicote, ficando os infractores sujeitos às penas da lei.

Dado e passado nesta cidade de Morretes, aos 17 dias do mez de julho do anno de mil novecentos e quatorze.

ROBERTO FRANÇADELEGADO DE POLICIA.

A homenagem ao Fedato – O médico Gerson Gebert, o famoso "Boca Santa", conta que numa das viagens que fez ao exterior com dois casais de amigos, o empresário Dante Gulin e médico Wilson Bozzi de Sá, chegaram a Quebec.

Ficaram encantados com a cidade até que o Gulin perguntou aos amigos se eles sabiam a origem do nome da famosa cidade. Nem o Gerson e nem o Sá sabiam. Dante explicou:

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– Anos atrás, o Coritiba veio jogar aqui e o seu zagueiro-central era o Haroldo Fedato, que fez um partidaço, tanto que alguém, entusiasmado, exclamou:

– Que beque!

Gulin "jurou" que a cidade mudou de nome por causa do Fedato.

Foltran e o ovo "quente" – O coronel Gilberto Foltran, comandante da Diretran, morretense de velha cepa, conta que nos velhos tempos que morava lá viu uma cena inusitada e que conta seriamente.

Sua mãe, a veneranda dona Margarida, hoje com 76 anos, além de uma vaca de leite, tinha criação de galinhas e também um cachorro guapecão. Debaixo do cocho onde a vaca se alimentava formou-se um ninho onde algumas galinhas punham seus ovos.

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Da janela de sua casa, dona Margarida via que, além de um lagarto, o seu cachorro também gostava de papar os ovos e decidiu tomar uma medida.

Cozinhou um ovo e, bem quente, colocou no ninho. Logo em seguida, ficou espiando o cachorro abocanhá-lo. Sentindo o intenso calor, colocou-o novamente no ninho e, em seguida, surpreendentemente, tentou esfriá-lo soprando.

Foltran "jura" que é verdade.

A "pedagogia" do prefeito – Pelos idos de 1950, o então cartorário Pedro Sampaio, de Nova Esperança, foi chamado por um prefeito do interior para explicar que, ao decidir cobrar pedágio numa estrada construída pela Companhia Melhoramentos do Paraná, cometera uma ilegalidade e que poderia resultar em problemas com a Justiça.

Pedro, ao explicar, usou alguns termos latinos, desses que os advogados gostam de aplicar. O prefeito aceitou a orientação do Sampaio e mandou o secretário revogar a portaria que autorizara a cobrança. E comentou:

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– Olhe seu Pedro: não entendo nada de pedagogia, mas vou parar de cobrar o pedágio.

Confundiu pedágio com pedagogia.

Risoto Alla Piamontese

A receita me foi mandada pela senhora Claudete Mendes Pereira, esposa do meu prezado amigo José Antônio Coelho Pereira, parceiro da Confraria do Macedo.

Ingredientes:500 g de arroz arbóreo; 100 g de manteiga; 100 g de queijo grana padano ralado na hora(parmesão);100 g de creme de leite fresco; 20 g de alho (2 dentes); 50 g de cebola ou uma cebola pequena; 200 g de cogumelo fresco em laminas; 1 e1/2 a 2 litros de caldo de frango; 1 e ¼ copo de vinho branco seco (300 ml) e pimenta-do-reino moída na hora.

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Preparo:Pique a cebola e fatie os cogumelos. Junte a manteiga, a cebola e o alho na frigideira e refogue até dourar. Coloque o arroz na panela, acrescente o vinho branco e deixe evaporar. Acrescente os cogumelos. Regue o risoto com um pouco de caldo de frango fervente e misture constantemente, assim que o caldo for absorvido, acrescente outra concha, repetindo a operação até o arroz estar al dente. Acerte o sal e a pimenta-do-reino.

Acrescente o creme de leite, o restante da manteiga e o grana padano ralado e misture bem para obter um risoto cremoso. Sirva em seguida. Dica da Claudete: sirva com filet mignon recheado com funghi.

A coluna é dedicada ao Comando da Polícia Militar que divulgou os telefones celulares que permitem acesso direto com os módulos policiais.