Jayme Canet Júnior, que governou o Paraná entre 1975 e 1979, não comia enrolado, pois, empresário de sucesso no ramo da construção, agricultura e pecuária , conhecia bem de tudo um pouco. Eis algumas de suas histórias.
Em São João do Ivaí, fazia um discurso em praça pública na inauguração de uma obra, e um bebum começou a perturbar até que Canet parou o discurso, mandou-o calar-se com a ameaça de mandar prendê-lo.
Representantes da cidade de Mal. Cândido Rondon trouxeram-lhe um projeto de uma faculdade cheia de arcos e que resultaria num custo alto. Era um projeto do Niemeyer. Respondeu:
Não ajudo! Tragam-me um projeto quadradinho que faço inteiro e pago tudo!
Outro projeto que lhe apresentaram foi de um centro de proteção ao menor elaborado por um arquiteto.
Onde tem igual? Perguntou Canet.
Na Suécia! Disseram os idealizadores.
Em Buenos Aires tem? Na Venezuela tem? Insistiu o governador.
Não! Foi a resposta.
Então, quando tivermos o PIB da Suécia vamos fazer um igual.
E fim de papo.
As respostas do Brustolim Quando presidente da Federação do Comércio do Paraná Rubens, Armando Brustolim sofreu uma crise de pancreatite e foi levado às pressas para a Santa Casa de Misericórdia.
Foi atendido pelo médico Saburo Sugisawa, que, depois de sedá-lo para aliviar as fortes dores, começou a indagar o modo de vida de Brustolim.
Perguntou para a esposa, Beti, e para a Marília Campos filha do ex-secretário Goyá Campos , amiga da família, se o Rubens bebia.
Não! Foi a resposta de ambas.
Saburo chegou para o paciente ainda meio zonzo dos calmantes, fez a mesma pergunta.
Rubens, você bebe?
Bebo...
Rubens não bebia!
Depois, o doutor Saburo começou a traçar uma dieta.
Perguntou:
Rubens, você gosta de macarrão de glúten?
Não! Só do Bologna...
Reginaldo explicou o lance O meia cancha Reginaldo, do Paraná, entrevistado pelo Jairo Silva no programa "Conversa de Arquibancada", da TV Bandeirantes, instado a explicar um lance em que o adversário Celso Freitas, do Internacional, quebrou a perna:
Foi um lance normal. Assim como ele quebrou a perna, eu podia ter me fodido!
Foguetes para o Richa Nas eleições de 1990, Maurício Fruet era candidato ao Senado e Richa, a governador.
Haveria um comício em Cascavel. Maurício chegou na véspera e na mesma noite reuniu-se com a comissão organizadora do evento. No dia seguinte, depois do relato do programa feito pelos cascavelenses, Maurício perguntou:
E os foguetes?
Não pensamos nisso! responderam.
Ora, o Richa é maluco por foguete...
Um deles disse que tinha um amigo dono de loja de fogos e que deixasse por sua conta. Era quase meia-noite!
Richa chegou às 8 horas e, mal desceu do avião, foi aquele foguetório.
O "turco", mal descendo do avião, indagou:
Quem teve essa péssima idéia?
Richa detesta foguetes.
Rebocado pelo próprio carro O conhecidíssimo veterano de turismo em Curitiba Rui Scarante, cidadão do mundo, dono de fenomenal pança, reuniu grupo de amigos para pescar lambari num riozinho próximo a Castro, há uns 20 anos.
Pescaram quantidade apreciável de peixes, beberam igualmente.
No momento de voltar, quando subiram a barranca do rio, os companheiros viram lá embaixo o amigo Rui, pesado, lutando para vencer o íngreme desnível. Não dava.
Depois de várias tentativas, ele mesmo achou a solução: Pediu ao amigo Nenê que apanhasse uma corda no porta-malas de seu Maverick 74 e amarrasse uma ponta no pára-choques dianteiro. A outra ponta, ele mesmo amarrou à cintura. Com as duas mãos, firmou-se na corda esticada e ordenou marcha lenta, com a ré engatada. Rebocado, passo a passo o grandalhão foi surgindo à borda da ribanceira, ofegante e sorridente, sob os aplausos da turma.
Ivan e o Coquemala Pelos idos de 1947, o diretor de esportes do Clube Atlético Paranaense era o professor Tupi Pinheiro. Usava óculos e enxergava muito pouco.
Na época, o goleiro era o Ivan Pereira. Coquemala era zagueiro e meio-campista. Coquemala foi prefeito de Itararé, é médico e mora naquela cidade de São Paulo.
Depois de uma derrota do Atlético para o Britânia, o Professor Tupi abraçou Ivan e falou:
Aqui pra nós, Coquemala: o Ivan falhou nos dois gols do Britânia, não é?
Isso mesmo, Professor: o Ivan é um frangueiro...
A coluna é dedicada aos velhos e leais amigos Décio Almeida, Edemir Zanotto e Celso Piovesan.
Carneiro dos deuses
Esta receita é do chef Ivo Arthur Stumpf, que nos dá uma sugestão de carneiro que, segundo ele, faz jus ao título.
Um pernil de carneiro, três laranjas-pêra e sal grosso.
Modo de fazer:
Corte o pernil em postas. Faça um fogo com ótimo braseiro, coloque a grelha e deixe esquentá-la. Estando o braseiro em ponto de bala, esfregue as laranjas nas postas, dos dois lados, passe o sal grosso e coloque de imediato na grelha. Espere dourar e sirva, depois de bater o excesso de sal.