A pintora Do Carmo Fortes – mãe do meu prezado amigo Frederico Fortes – que completa neste ano quatro décadas exercendo sua arte, é filha do famoso deputado federal Tenório Cavalcanti, que neste ano estaria completando 100 anos de idade.

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A sra. Do Carmo Fortes, gentil leitora da coluna, conta que o seu pai, cansado de ser insistentemente interrompido em seu discurso, por um deputado inexpressivo, exclamou:

– Respeite meu discurso assim como eu respeitei seus quatro anos de silêncio!

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Em outra ocasião, questionado como suportava tantas críticas e tantas injustiças pela imprensa, respondeu à ironia com sabedoria:

– Prefiro os que me criticam, pois me corrigem, aos que me elogiam porque me corrompem!

O "horror" da Mariana – Mariana Trombini, 6 anos, neta do empresário Raul Trombini e aluna da Escola Lúmen, foi com uma turma de colegas visitar museus em São Paulo. Um deles expunha telas do pintor holandês Vincent Van Gogh, e a professora explicou que ele mesmo cortara um das suas orelhas numa crise de depressão e, em 1890, suicidou-se com um tiro no peito.

De volta a Curitiba, Mariana relatou sua trajetória em São Paulo para a avó Berenice, em especial a história do Van Gogh.

Berenice orgulhosa da precisão dos detalhes das observações de sua neta, exclamou:

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– Que bacana!

– Bacana nada! É um horror!

As aventuras do "Caladinho" – "Caladinho" é o apelido do sr. Daniel Iglesias Vieira, um triatleta na categoria Master aposentado do Banco do Brasil e vivendo em nosso litoral, segundo conta o Patrício Caldeira de Andrade.

Como usa óculos, estes são adaptados de acordo com a necessidade da prova que participa. No ciclismo e na corrida, óculos de grau fixado na cabeça com elástico. Nas aquáticas, usa lentes de contato protegidas pelos óculos de natação.

Certa feita, enquanto aguardava a chamada para uma prova de natação, distraiu-se falando com um grupo de pessoas e avisado de que a prova ia iniciar, apanhou os óculos dentro de uma bolsa e saiu correndo em direção à raia e ajustando os óculos na cabeça.

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Dada a largada se deu conta de que colocara os óculos de corrida em vez do de natação. Resultado: os óculos foram parar no pescoço, deu uma canelada na borda da piscina ao tentar fazer a virada olímpica, perdeu a classificação e também as lentes de contato.

Carraro, um figurão – Maurino Carraro, já falecido, era uma figura querida em nossa capital, pai da Sandra, locutora da Rádio Rock 91, e do colunista Maurício, o Miau. Era apaixonado por futebol e poesia. Torcedor ferrenho do Botafogo do Rio, quando nasceu o Maurício queria registrá-lo como Nildigar, homenagem a seus ídolos Nilton Santos, Didi e Garrincha.

A sogra, dona Biluca, mãe da Dionéia, esposa do Maurino, deu-lhe uma bronca e o Miau acabou mesmo como Maurício.

Outra paixão do Carraro era a poesia e em um fim de tarde foi ao Bar do Pasquale, que era no Passeio Público, quando chegou ali o compositor Luiz Reis, já famoso nacionalmente, à procura do técnico Elba de Pádua Lima, freqüentador assíduo do local e seu amigo de longo tempo.

Luiz Reis enturmou com o Carraro e ficaram até de madrugada recitando poesias, em especial os dois últimos tercetos do soneto "Versos Íntimos", de Augusto dos Anjos:

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– Toma um fósforo. Acende teu cigarro!

– O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

– A mão que afaga é a mesma que apedreja.

– Se a alguém causa inda pena tua chaga,

– Apedreja essa mão vil que te afaga,

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– Escarra nessa boca que te beija.

Carraro morreu precocemente depois de ter comprado uma chácara em Morretes, onde dona Dionéia – irmã de dona Nice Braga, esposa do governador Ney Braga – montou um restaurante na Estrada do Porto, com o nome de "Solar do Ganso", hoje desativado. Ganso era o apelido do Maurino.

Polchlopek e o "Jesus" – O advogado Edgar Polchlopek, hoje dono do famoso restaurante "Gruta da Onça", que é lá no fim da Rua Alferes Poli, foi, durante alguns anos, delegado de polícia, e dos durões.

Pelos idos de 1965, voltava do bairro do Portão a serviço, deu de cara com um conhecido ladrão de galinhas com um caixote cheio de penosas. Botou o gato no carro-forte. E quando passava defronte à igreja da Água Verde, na Rua Bento Viana, viu três indivíduos abraçados e visivelmente embriagados. O do meio, travado, sendo arrastado.

Edgar pediu ao tira Osmário Honório, que o acompanhava, que parasse a viatura e desse "uns conselhos" aos rapazes. Osmário desceu, conversou um pouco e, em seguida, deu um pé de ouvido num deles. O três caíram, mas um deles nem se mexia.

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Era uma estátua de Jesus Cristo que eles haviam roubado do Cemitério da Água Verde, violando um túmulo.

Molho do Carlos Araújo

O destacado corretor de commodities (cereais) Carlos Eduardo Araújo, diretor da Cerealpar, aprendeu e gosta muito de fazer um molho especial para acompanhar massas, arroz ou mesmo batata assada.

Ingredientes para 4 pessoas:600 g de patinho moído; 600 g de lingüiça toscana; meia-xícara de óleo de milho; 1 pimentão vermelho moído e duas cebolas raladas; meio kg de tomates maduros, moídos e sem sementes; 4 dentes de alho moídos; uma colher de chá de pimenta-do-reino; sal a gosto; um copo de vinho tinto seco; um punhadinho de manjericão fresco picado; uma colher de sopa de trigo e meio copo de leite.

Numa caçarola de ferro bem aquecida, coloque o óleo e depois de 1 minuto ponha a lingüiça sem a tripa, bem amassada. Quando estiver dourada ponha o alho e, em seguida, a carne. Refogue bem. Coloque o pimentão, dê uma boa misturada e depois a cebola. Deixe pelo menos 15 minutos em fogo médio e aplique o molho de tomate. Cozinhe mais meia hora e derrame o vinho. Mais uns 5 minutos aplique o sal, a pimenta e o manjericão. Não deixe secar e se for preciso ponha um copo de água fervente. À parte, dissolva o trigo no leite quente, misture com o molho e aguarde mais dois minutos, misturando bem. Vai bem também com polenta.

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A coluna é dedicada ao presidente da Associação dos Empresários da Cidade Industrial e presidente das Decorprint Decorativos do Paraná, dr. Arthur Claudino dos Santos, que presidiu a solenidade em que o megaempresário Joel Malucelli recebeu o título de Personalidade Aecic do Ano.