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Coluna do Malu

O cavalo do Júlio Gomel

Quem diria que o famoso urologista Júlio Gomel já teve um cavalo do Hipódromo do Tarumã, chamado Okaula e que toda vez que ele ia correr – cavalo, é claro – o Júlio punha gravata para tirar fotografia.

Conta o ex-cronista de turfe Luiz Renato Ribas que, depois da quarta corrida, sem ganhar, Júlio desistiu tanto do cavalo como da gravata, mas não de freqüentar as corridas.

Um dia foi chamado na Vila Hípica do Tarumã pelo Paulo Procopiak de Aguiar, ex-presidente da Copel, para resolver um problema de um dos seus cavalos.

Paulo contou que os "ovos" do seu cavalo se recolhiam e que o bicho, obviamente, sentia dores e ficava indócil.

Júlio, com simplicidade, respondeu:

– Sinto muito! Minha especialidade não é deste lado. É só do outro, o rabo...

O dr. Mário de Abreu e o reprovado – O dr. Mário foi um médico famoso em Curitiba não só pelos vastos conhecimentos na sua área, como pelos atos filantrópicos praticados em nossa cidade. Por longos anos exerceu o magistério lecionando na Universidade Federal do Paraná e com as aulas práticas no Hospital de Clínicas.

Conta o meu amigo dr. José M. Del Claro que num exame prático realizado no HC com um estudante que não passara por média, levou-o perante um doente. Mandou o estudante examinar e este pediu uma lista de exames. Dr. Mário entregou a lista e depois perguntou:

– O que acha que ele tem?

O aluno citou uma doença.

Imediatamente, o dr. Mário cobriu o doente com um lençol e afirmou:

– Este morreu! Volte em fevereiro. Você está reprovado...

Raphael "escutou" tudo – O cronista de turfe Raphael Munhoz da Rocha anos atrás estava doente e chegou a ser internado na UTI. Contou depois a um dos médicos que o atenderam que, durante um período que supostamente ficou em coma, ouviu um outro especialista que ele estava no fim, que ia morrer etc., conforme relato feito ao seu amigo Luiz Renato Ribas, que publicou recentemente o livro "Esses cronistas super-heróis e suas mancadas maravilhosas". É, efetivamente, um trabalho que exigiu muitas pesquisa e que pode ser lido no site www.cavalolouco.com.br.

Dória e o Paulo Goulart – Maneco Dória, diretor do Clube Curitibano, já fez de tudo um pouco na vida, mas conta uma passagem pitoresca da sua vida de vendedor. Quando era do departamento de promoções da Lacta – chocolates – conheceu o Paulo Goulart, hoje um ator famoso da Rede Globo casado com a atriz Nicete Bruno.

Maneco criou um pacote de produtos para venda direta e passou, com êxito, a fornecer diretores e professores da rede pública e outros clientes. Paulo que na época tinha uma lanchonete no térreo do Ed. São Paulo, ali na Rua Cruz Machado, gostou da idéia e propôs ao Maneco que inclusive nas suas atividades a venda de seus vários tipos de sanduíches, especialmente dois, denominados de PTB E UDN.

O primeiro mais barato tinha mortadela e o outro queijo e presunto. Maneco achou uma graça, mas não topou a sugestão do Paulo.

Marlus "vingou-se" do Isfer – O médico Marlus de Souza Coelho, torcedor do Coritiba, operou o tórax do Mílton Isfer, ex-presidente do Atlético Paranaense, para retirar alguns nódulos. Depois da operação a Marisa Karam, cunhada do Isfer, chegou ao hospital para visitá-lo.

Falando sério, o Marlus contou para a Marisa que tinha se vingado do coxa:

– Tirei os nódulos, mas preguei um distintivo de ouro do Coritiba no pulmão desse pó de arroz...

Marisa assustou-se, mas logo viu que era brincadeira do médico.

Tatau e o Amador Aguiar – O empresário Mário Petrelli, dono da Rede Independência de Televisão, que gera no Paraná a programação da Rede Record, foi durante muitos anos diretor da Companhia de Seguros Atlântica Boa Vista, que era do Grupo Bradesco.

Numa ocasião especial, ofereceu um jantar em sua casa em homenagem ao presidente do Banco, sr. Amador Aguiar. Um dos convidados era o Antônio Carlos Grein, o Tatau, conhecido pelo seu bom humor e pelas tiradas espirituosas. Petrelli apresentou-o ao chefão:

– Tatau, este é o senhor Amador Aguiar!

– Amador, é? Imagine se ele fosse profissional!

Rolinho de carne holandês

A Rosi de Sá Cardoso, nossa prezada colega da Gazeta me presenteou anos atrás com um livro de receitas editado pela empresa de aviação KLM, onde consta esta receita, que vale a pena praticar.

Ingredientes p/4 pessoas:Oito bifes de alcatra com meio centímetro de espessura; 8 fatias de presunto cru defumado; 8 tiras grossas de queijo meio curado; 8 folhas de sálvia; 100 g de manteiga; 1 copo de vinho branco seco e sal a gosto.

Como preparar:Coloque em cada bife, depois de salgá-lo levemente, uma fatia de queijo e uma de presunto e sobre este uma folha de sálvia (cobrir bem o queijo com o presunto para que não se espalhe durante o processo de fritura). Enrole cada bife e prenda-o com um palito de dente. Doure-os na manteiga quente. Acrescente o vinho e deixe cozinhar em panela tampada por aproximadamente 20 minutos.

* A coluna é dedicada à excelente e criativa escritora Vera Buck, que tomou posse, no último dia 28, da cadeira 6 da Academia Feminina de Letras do Paraná.

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