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COLUNA DO MALU

O churrasqueiro do Zé Trindade

Zé Trindade é um famoso barbeiro curitibano freqüentador do Maneko’s Bar, na Rua Cabral. (Não menos famoso o Maneco, vulgo Manoel Alves, exige uma postura digna em seu ambiente de trabalho. Chatos, purgantes e escandalosos são "convidados" a não aparecer mais).

Mas voltemos ao Zé, aquele mesmo que foi surpreendido uma tarde, quando uma moça entrou em seu salão e perguntou se ele era "unisex". Zé dono do Salão L’Uomo é também conhecido como Barão de Bituruna.

Mas o Zé atende, entre outros, o ex-governador Jaime Lerner. Encantado com a preferência do Lerner, Zé o convidou para almoçar em sua casa. Zé foi tomar seu aperitivo com uns amigos, demorou "um pouco" e, quando chegou em casa quem encontrou comandando a churrasqueira? Ele mesmo, o Jaime Lerner.

Tarzan voltou à selva – Tempo desses, o dentista e fotógrafo Carlos Renato Fernandes, o Tarzan, surpreendeu um amigo, que, pelo telefone, indagou onde ele estava:

– Estou levando minha sogra no porta-malas para enterrar na Serra do Mar!

Depois do espanto do amigo, explicou melhor:

A sra. Ruth Gusmão Cronick, falecida dias atrás, havia manifestado anteriormente sua vontade de ser cremada e que suas cinzas fossem espalhadas pela Serra do Mar.

Tarzan contou que espalhou as cinzas da sogra num extenso xaxinzal, na serra onde conhece muito bem, pelos livros maravilhosos que editou do nosso litoral.

Mais uma do Sebastião Paraná – Já contei a história do professor Sebastião Paraná que quis ajudar o aluno que não sabia o nome do maior rio de nosso estado, e que apontava para seu peito para indicar seu sobrenome, mas como ele era negro, o dito cujo disse Rio Negro.

O advogado José Pacheco Neto conta que o seu colega Divonsir Borba Cortes, procurador do Estado e ex-deputado federal, revelava uma nova versão da resposta dada pelo aluno.

Que ao bater no peito para indicar que era Paraná o nome do rio, o aluno teria dito:

Rio Gravata.

Avô reserva – Conta o dentista Patrício Caldeira de Andrada que, para recuperar-se de um problema clínico, o procurador Celso C. do Amaral precisou cuidados especiais e para tanto passou alguns dias num hospital. Com saudades do avô, o Pedrinho implorou ao seu tio Célio Amaral, proprietário da Escola de Natação Amaral, que o levasse até a casa de saúde.

Pensativo após a visita e impressionado com a visão da aparelhagem ao redor do avô, o pequeno Pedro falou para o tio Célio:

– Tio ainda bem que eu tenho um avô de reserva.

– E quem é o seu avô de reserva?

– Você!

O "amigo" do Zé Trindade – O Carlos Alberto Kleiner, o Cajo, conta que em visita ao Museu de Cera Madame Troufou, em Londres, tirou uma fotografia com o Papa João Paulo II, e entregou a foto para o barbeiro Zé Trindade, seu velho e dileto amigo e contou a seguinte história

– Estava eu na Praça do Vaticano quando o Papa saiu na sacada e falou o seguinte:

– Brasileiro! Suba aqui!

– Cinco levantaram a mão.

– Não! disse ele. Tem que ser paranaense. Dois levantaram a mão. Não disse ele novamente, tem que ser curitibano.

– Somente eu levantei a mão!

– Fui então convidado a subir na sacada e chegando lá agradeci o convite e perguntei:

– Sua Santidade como sabia que sou brasileiro, paranaense e curitibano?

O papa respondeu:

– Porque no mundo o único barbeiro que ca.. no cabelo dos outros é o Zezinho da Praça Osório.

Cajo não fez safena – Cajo é o apelido do Carlos Alberto Kleiner, que é um dos assíduos freqüentadores do Maneko’s Bar e que anos atrás sofreu uma operação no tórax.

Dias depois foi visitá-lo um rabino que indagou se estava tudo bem. Ele garantiu que sim.

– Fez safena?

– Não! Maminha!

Depois das risadas contou que havia operado uma mamária.

Pescadores ilhados no Rio Iguaçu – Anos atrás houve uma grande enchente no Rio Iguaçu, e, entre Chopinzinho e Laranjeiras do Sul, um grupo de pescadores ficou ilhado do outro lado do rio. Mesmo com um caiaque à disposição, não podiam atravessar, causando grande preocupação a diversos habitantes que acompanhavam as agruras do grupo preso.

Ante o aceno da turma lá do outro lado imaginaram que tinha alguém mordido de cobra ou sofrido algum acidente, até que um deles jogou-se na água e, apesar de toda turbulência do rio, conseguiu chegar à outra margem.

E para surpresa da turma de aflitos, o nadador explicou porque tinha se atirado no rio correndo sério risco de afogamento:

– Arrebentou a corda do violão, acabou o fumo, molhou o baralho e precisamos de mais anzóis...

Molho à bolonhesa

É um molho fácil de fazer e que pode acompanhar vários tipos de massas, arroz ou até mesmo para enriquecer um purê de batatas. É um dos que mais gosto, pois cresci vendo minha mãe, a inesquecível Dona Lourdes, fazendo, especialmente aos domingos.

Para 4 pessoas: Seiscentas gramas de carne de boi moída, preferencialmente de patinho ou coxão duro (pode ser até músculo magro); 50 g de bacon defumado moído; 3 dentes de alho picadinho; 1 cebola grande moída ou bem, picadinha; 100 g de molho de tomate; meio copo de vinho tinto; 1 colher de sopas de açúcar; 50 g de manteiga e 3 colheres de óleo de milho. Sal e pimenta a gosto.

Preparo: Numa caçarola de ferro (de preferência), refogue inicialmente no óleo o bacon e, quando estiver dourado, ponha a carne e deixe-a também dourada. Ponha o alho e a cebola e deixe fritar por alguns instantes. Aplique um copo de água fervente e cozinhe por uns 10 minutos. Ponha o vinho e deixe evaporar um pouco. Depois ponha a manteiga e o molho de tomate e o açúcar, para diminuir a acidez do tomate. Mais uns 10 minutos e está pronto. Um vinho tinto, pode ser o nacional Miolo, acompanha bem.

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- A coluna é dedicada ao meu dileto amigo e exemplar jornalista Celso Nascimento, que engrandece nossa imprensa com sua coluna na Gazeta do Povo.

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