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Coluna do Malu

O dr. Hélio não era Pinel nem Serraglio

O médico Hélio Rotenberg, formado na turma de 61, na Universidade Federal do Paraná, seguiu a carreira de psiquiatria e psicanálise, e dirige atualmente o antigo Hospital Pinel (médico francês a quem foi atribuído o gesto de ter libertado os loucos das correntes de que eram presos nas celas) e que hoje tem o seu nome: Clínica Dr. Hélio Rotenberg.

Diz ele que a mudança foi a pedido dos pacientes, pois Pinel tem até hoje sinônimo de loucura, pois um dia, passando pela área dos pacientes drogaditos, escutava de passagem um dizendo ao outro:

– Oi cara! Te cuida se não você vira Rotenberg.

O dr. Hélio chegou à conclusão de que a mudança de nome não teve efeito esperado.

Ele continua narrando suas peripécias, pois o acham muito parecido com o deputado federal Osmar Serraglio, e nas suas viagens semanais para São Paulo, onde integra a Sociedade Brasileira de Psicanálise, é seguidamente cumprimentado nos aeroportos como Serraglio.

Há cerca de 30 dias, o dr. Hélio estava desembarcando no Aeroporto Afonso Pena, quando foi chamado por um grupo de três senhores e, imaginando nova confusão com seu nome, já chegou dizendo:

– Não sou aquele que vocês estão pensando; sou outra pessoa.

Assustou-se, quando um deles disse:

– Uai! Você não é o Hélio Rotenberg?

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Dalledone não era bobo – Cláudio Dalledone, empresário que trabalha com suprimentos de informática, algum tempo atrás saiu com alguns amigos para jantar. Chegando ao estacionamento do restaurante, viu que um carro manobrava para sair. Parou e esperou o motorista fazer a manobra. Descuidou um pouco, viu uma moça manobrar seu carro e entrar na vaga que ele estava esperando, na maior cara de pau. Ele tentou argumentar, perguntando se ela não tinha visto que ele estava aguardando a saída do outro motorista.

A espertinha, com ar de deboche, disse mais ou menos que o mundo é dos vivos e os bobos sempre saem perdendo. O Cláudio não se abalou e estacionou seu carro bem atrás do dela, encostadinho, pára-choque com pára-choque, e foi jantar. Passado algum tempo um garçom perguntou se ele podia retirar o carro do lugar. Respondeu que não e que somente sairia após terminar a refeição. E prolongou o papo com os amigos. Volta o garçom e pergunta se ele não emprestaria as chaves para que ele retirasse o carro. Nova resposta negativa, acrescentando que se dissesse para a moça que ele era meio bobo.

Ficou o impasse, e o tempo passando e o Cláudio e os amigos naquele bate-papo furado. Até que localizaram o motorista do carro parado ao lado do da moça. Retiraram o carro juntando alguns homens solícitos, que conseguiram arrastar o veículo dela para a outra vaga desocupada, permitindo sua saída.

É mais uma das histórias contadas pelo advogado Dílson Pereira, o Ceará.

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Restaurantes preferidos – O meu dileto amigo Frederico Busato Filho, o Fritz, presidente da Imcopa, grande exportadora de óleo e farelo de soja, também um cozinheiro de primeira, indica alguns restaurantes de sua preferência:

1) Lê Réchaud – Fondue de camarão (Rua Julia Wanderley, 1050).

2) Ile de France – Filet ao poivre.

3) Churrascaria Gaúcha – Costela de boi (no bairro Pinheirinho).

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Os nomes preferidos do Batoré – Conta o Hamílton Ganho, dono do Ball Bull, que no seu bar tem um garçom que é um artista, de nome Ivo, mais conhecido como Batoré, e que ele tem dois filhos. Ele tem uma inacreditável imaginação para dar nomes. Eis os nomes que deu a eles:

Dario Stefanine Maximiliem Ivo Kovalski e Ludwig Maurice Ravel Mikawil Kovaslki.

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No palácio só carro preto – Quem conta é o Dílson Pereira que, quando juiz federal em Curitiba e exercendo a Direção do Foro da Justiça Federal no Paraná, o ministro Milton Luiz Pereira, do STJ, foi convidado para uma solenidade no Palácio Iguaçu.

Como costumava fazer, pegou seu carro em casa e se dirigiu ao local do evento. Lá chegando, a pessoa que liberava o acesso das autoridades, foi logo informando:

– Aqui só entra carro preto...

O dr. Mílton não se abalou, pegou o convite e argumentou com o "zeloso" porteiro:

– Veja aqui, mostrando o convite, o convidado sou eu, Mílton Luiz Pereira, diretor do Foro da Justiça Federal do Paraná e não o carro.

Não teve jeito, o homem não arredou pé, informando que estava cumprindo ordem. Não restou alternativa ao dr. Mílton, a não ser estacionar o carro fora do estacionamento e se encaminhar a pé para o Palácio.

Conclusão: no estacionamento o porteiro era autoridade.

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O "técnico" Constante Solek – Luiz Fanchin Jr., de volta da Itália, foi a Piraí do Sul, onde os amigos contaram muitas histórias, como a do Constante Solek, de saudosa memória e que foi fiscal da Fazenda Estadual e que era fanático torcedor do Grêmio Esportivo Piraiense, que congregava jogadores dissidentes do Corinthians Piraiense. Solek cuidava do bar, mandava lavar as camisas, marcava o campo e na hora do jogo ficava gritando o tempo inteiro. Quando o adversário ameaçava atacar, ele gritava:

– Vamos Sandrini, quebra esse. Vai firme Tato, arrebenta esse perna-de-pau. Mata esse frangueiro Antenor – que tinha um chute fortíssimo. Quando os jogadores adversários entravam mais duro nos piraienses, ele esbravejava:

– Cavalo! Expulsa ele, seu juiz...

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- A coluna é uma homenagem antecipada ao morretense Eric J. Hunzicker, que lança em breve um livro falando da nossa bela cidade, um trabalho magnífico de dedicação e pesquisa.

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