Na década de 20, o casal Jayme (Xaguana Gomes de Sá) Machado Cardoso tinha uma filha, Regina; ao nascer outra menina, os jovens pais hesitavam entre os nomes Rosanne ou Roxana (d'aprés Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand) e Rosy. A opção foi por esse último nome. Sorte da recém-nascida, hoje nossa companheira da Gazeta do Povo, que depois de crescida soube desta história: ela nasceu no feriado de 19 de dezembro exatamente às 9h50min da manhã, dia e hora em que Curitiba, então Curytiba, assistiu à inauguração da primeira rua com asfalto, e uma tia teria sugerido para a inocente menininha o nome Asfaltina.
Detalhe: a parente chamava-se Ambrosina...
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Ezequias, o fazendeiro Alguns paulistanos têm a idéia fixa de que todo paranaense é fazendeiro, e isso decorre ao verem na TV aquelas enormes filas de caminhões com destino a Paranaguá, transportando cereais, segundo presume e conta o advogado e ex-procurador do estado aposentado Ezequias Cardoso.
E dá dois exemplos:
Numa delas estava batendo papo com alguns evangélicos no pátio de uma igreja e um deles perguntou qual a minha profissão. Respondi ser advogado da Fazenda Estadual. Desfeita a rodinha, logo em seguida outro paulistano me abordou e disse-me:
Meus parabéns! Soube há pouco que é fazendeiro no Paraná!
De outra feita, relata o Ezequias, "dois dos meus netos residentes em São Paulo e alunos de colégio particular foram autorizados pela direção do estabelecimento de ausentarem-se por alguns dias, para virem a Curitiba para comemorar o meu aniversário. Então, numa das salas de aula, o professor disse a um deles:
Então, vai ao Paraná comer um churrasco na fazenda do avô?
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Um objeto "perfurante" Um vereador de Curitiba, não muito afeito ao anglicismo, criticou em plenário as moças que hoje usam "pilsen" no umbigo, nos lábios, na orelha e até na boca. Obviamente queria dizer "piercing", que quer dizer perfurante na língua inglesa.
Alguns de seus colegas que se negaram a contar o nome do distinto, mas se divertiram indagando, entre eles, qual era a "marca da cerveja pilsen".
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Moro e o japonês Em um jantar da diretoria do Coritiba, anos atrás, o então conselheiro vitalício Domingos Primo Moro, que já se encontrava com uma idade avançada e não enxergava muito bem, pediu para ao neto Diogo Moro da Cunha para o acompanhar no jantar. Lá se encontravam algumas personalidades da cidade, entre elas o prefeito Cassio Taniguchi. Cassio gentilmente foi cumprimentar o venerando senhor, com quem conversou por pouco tempo.
Logo após a conversa, Domingos, que não estava mais reconhecendo as pessoas, virou para o Diogo e perguntou:
Quem é esse japonês que veio me cumprimentar?
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Outra do Augusto José Conta o Patrício Caldeira de Andrada que, "acompanhado pela minha mãe e todos os meus netos, fui ao cemitério Jardim da Saudade renovar as flores do jazigo do meu pai, o saudoso dr. Fernandino Caldeira de Andrada. A enorme quantidade de flores deixadas sobre os demais jazigos por ocasião do Dia de Finados chamou a atenção do pequeno Augusto José, de 3 anos de idade, um dos netos:
Vô, por que tantas flores?
É a maneira que as pessoas utilizam para homenagear quem morre.
Cada flor é um morto?
É!
Minutos depois, ressabiado, o Augusto pediu para que o avô se abaixasse e falou baixinho:
Vô, acho melhor a gente cair fora daqui.
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Dicas de restaurantes
O meu prezado amigo e companheiro da Confraria do Macedo, Roberto Barion, diretor industrial da Barion Wafer e Chocolate, indica os seus preferidos:
1) Bar do Vítor Moqueca de congro
2) Família Fadanelli Tortellone
3) Baviera ou Tortuga filé mignon com fritas e saladas.
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- A coluna é dedicada ao jovem empresário Fernando Magalhães, diretor da Academia de Natação Gustavo Borges e que, além de ter sido campeão nas raias brasileiras, hoje é um cozinheiro de primeira coadjuvado pela sua esposa, Adriana Vianna.