Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Coluna do Malu

O “nome” mais feio

O Oswaldo Rocha contou para o Maneco Dória, que anos atrás, durante um jantar na casa do milionário Luiz Valente – com um grupo integrado pelo anfitrião, o Capitão Maneco Aranha, que foi presidente do Atlético e o Luiz Prado Correia, que mais tarde assumiu a presidência do Britânia, e respectivas esposas —, foi solicitado que cada um dissesse um nome feio. O seu Correia, que não tinha se tocado muito no tema, olhou para as senhoras e meio encabulado pediu licença e disse:

– Bunda!

A gargalhada foi geral até que o Luiz Valente contou para o xará que o capitão Maneco Aranha tinha sugerido algo como Antenogenes.

Nosso Baco comeu mosca – Na Confraria Invinovéritas, do Luiz Groff, estavam provando diversas safras de Château La Lagune, um dos melhores vinhos de Bordeaux. O médico Arnoldo de Carvalho Neto trouxe uma garrafa da safra de 2005, que ainda não foi comercializada, adquirida no próprio Château.

Depois que o vinho foi aprovado por unanimidade e classificado entre os três melhores da noite, o Dr. Arnoldo esclareceu que o vinho não era francês, mas o Innominable, um tinto ao estilo de Bordeaux, feito pela Villagio Grando, em Caçador, Santa Catarina.

O Luiz Groff justificou ter acreditado que era um Château porque o Innominable, feito na altitude de 1.250 metros, é excelente, muito acima do padrão brasileiro. Disse que não apenas achou que era mesmo um Château, como votou nele como a melhor prova.

Chamo Groff, na intimidade, de Baco das Araucárias.

Os restaurantes preferidos – Décio Almeida, consultor de marketing e vendas, meu amigo de longos anos, indica os seus restaurantes favoritos e os pratos indicados em cada um:

1 – Ile de France – Camarão com molho de champanhe

2 – Barolo – Conchiglia com camarão

3 – Marcolini – Risoto ao funghi

O fino jantar do Ritzmann – Pelos idos de 1980, quando foi inaugurado o Hotel Slaviero, ali na Senador Alencar Guimarães, Maneco Dória, Milton Santoro e Sérgio Ritzmann resolveram jantar no restaurante, considerado muito chique.

Milton pediu um filé "au poivre" e o Dória um mignon a cavalo. O Sérgio criticou os dois:

– Vocês não sabem comer coisas finas. Só sabem comer carne.

Quando o garçom foi atendê-lo, depois da consulta ao cardápio, pediu todo faceiro:

– Quero um Potage Poulet avec botle oignou caille!

O garçom ainda perguntou:

– Mais alguma coisa cavalheiro?

– Não! Obrigado.

Quando a comida foi servida, Dória e Milton se entreolharam e se deliciaram com o que pediram, enquanto o Sérgio fingiu que não viu os olhares maliciosos dos dois parceiros.

É que prato servido numa tijelinha era nada mais nada menos do que uma sopa de frango com cebola e coalhada.

Mas o Sérgio não se deu por vencido. Depois da primeira colherada olhou para o dois e afirmou:

– Uma delícia!

Seu Paulino esqueceu o níver – Seu Paulino Gonçalves faleceu há poucos anos em Piraí do Sul, já tendo completado um centenário, como conta o Luiz Fanchin Jr. Ele foi vereador por diversas legislaturas e era casado com dona Cacilda Wolman.Por conta de seu trabalho, tinha de viajar constantemente para Castro, Piraí e Jaguariaíva, ora vendendo gasosa, mas sempre fazendo sua fezinha no jogo do bicho, que já existia naqueles tempos. Um dia chegou a Jaguariaíva e, depois de visitar os seus diversos clientes, resolveu fazer uma visita aos amigos Lúcia e Abílio Russi, piraienses radicados naquela cidade.

Conversa vai, conversa vem, dona Lúcia, que tinha uma memória excepcional, cumprimentou seu Paulino pelo dia do aniversário de seu casamento. Ele assustado levantou-se, pegou o paletó e foi se despedindo e falou:

– Meu Deus! Quero ver se não perco o misto (um trem de carga que levava passageiros no último vagão). A Cacilda vai me matar se souber que me esqueci...

Groff e o " Quatro Bicos" – Quando a peça teatral "Reputação do Quatro Bicos", de autoria do Luiz Groff, ambientada no então famoso bordel de Curitiba estava em cartaz e fazia sucesso, um espectador, querendo tirar sarro do Groff, que estava ao lado de sua esposa, Jaçanã, cumprimentou-o e disse:

– Sabe que conheci o Groff no Quatro Bicos !

O Groff rebateu em cima:

– É verdade, faz muito tempo, ele ainda era uma criancinha de colo...

O baile das dentaduras – Tempos atrás, um motoqueiro percorreu os sítios localizados na região de Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba, oferecendo dentaduras " pré-fabricadas".

As próteses estavam acondicionadas no bagageiro da moto e eram escolhidas e experimentadas pelos banguelas compradores ali mesmo, ao lado do veículo. Para "festejar a volta à dignidade", foi realizado um bailão no final da semana no sitio do Fernando de Jesus Ribeiro. No início do baile todo mundo apareceu "chic nos últimos" mostrando cada qual seu estranho sorriso novo, todos determinados pelo tamanho dos dentes. A fonação também era um tanto estranha, enquanto alguns falavam "segurando" as próteses com a língua, para que elas não pulassem da boca, outros emitiam assobios junto com as palavras. No final da festa, todo mundo banguela novamente, devido ao desconforto causado pelas próteses, sem nenhuma adaptação. Os pares de dentaduras que não estavam dentro dos copos foram aqueles que "voaram pelas janelas", conforme conta o dentista Patrício Caldeira de Andrada.

- A coluna é dedicada à escritora Deusdith Laval, minha companheira por 51 anos, que comemorou dias atrás mais um ano de vida, pela sua dedicação e carinho.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.