Canard Aux Pommes (Pato com maçã) - para duas pessoas
Ingredientes: 1 pato de bom tamanho, 100 g de manteiga, 1 colher de sopa de sal, 1 colher de pimenta-o-reino moída na hora, 1 buquê com 6 ramos de salsinha, 1 ramo de tomilho, e uma folha de louro amassados.
Para o purê de maçã: 4 maçãs verdes grandes, 1 colher de café de açúcar mascavo, suco de 1/2 limão, 1 pitada de canela em pó, 1 colher de café de baunilha, 40 g de manteiga.
Como assar: aqueça previamente o forno a 220ºC; tempere o pato por dentro e por fora, com o sal e a pimenta. Coloque a ave numa assadeira com as ervas e unte com a manteiga. Asse o pato durante uma hora, regando-o de vez em quando com o líquido do fundo da travessa.
Enquanto o pato assa, descasque as maçãs, tire as sementes, corte-as em cubos e ponha numa panela junto com o açúcar mascavo, o suco de limão, a canela, a baunilha e a manteiga. Deixe cozinhando em fogo brando até começar a desmanchar. Retire, então, do fogo e amasse para formar um purê.
Desosse o pato assado, coloque numa travessa com o molho do assado peneirado por cima e o purê de maçã ao lado. Coloque no forno para servir bem quente.
Esta receita é dos donos do Ile de France, Jean Paul e sua dedicada esposa, Clara Shao Decock, que nos honraram fornecendo a receita de uma das especialidades do seu excelente restaurante.
No início dos anos 50, quando cursava Engenharia Civil, o então aluno Jacob Federmann e seus colegas foram solicitados a apresentar, individualmente, um projeto que valeria como a avaliação do mês. Naquela época, já existia o famoso "jeitinho brasileiro" e alguns alunos, entre eles o Jacob, contrataram os serviços de um desenhista que executou as tarefas. Todos os trabalhos foram entregues ao professor devidamente enrolados e acondicionados em tubos, exceção ao do Federmann, que resolveu conferir o seu projeto no dia anterior ao da entrega e, para tanto, esticou o trabalho numa prancheta, ocasião em que, involuntariamente, borrou-o com um enorme banho de tinta nanquim. Como não havia mais tempo para fazer outro trabalho, o jeito foi apagar os "estragos" raspando a tinta com gilete e borracha e refazendo as linhas danificadas do "jeito que deu". Sob o riso dos seus colegas, o Jacob entregou o trabalho assim mesmo, todo remendado. No dia de comentar as notas, o mestre selecionou os projetos que havia identificado como "fabricados" e passou uma descomunal descompostura em seus autores. Mas, ao contrário, não poupou elogios ao Federmann porque "as dificuldades evidenciadas no seu trabalho" demonstravam claramente que o projeto era do seu próprio punho. Quem conta o caso é seu amigo Patrício Caldeira de Andrada.
Bolo para Carolina Dia 12 de junho é dia de Santo Antônio e, como é tradição na Igreja do Bom Jesus, em Curitiba, é feito um bolo em homenagem ao santo. Segundo a crença popular, as moças solteiras que comem um pedaço terão um casamento certo.
No dia de Santo Antônio deste ano, aguardavam no aeroporto para embarcar o engenheiro Nelson de Marcos Rodrigues, diretor da Fundação PTI, instituição ligada à Itaipu, e sua esposa, dona Iracema, quando tocou o celular. Era a sua filha Carolina. Dona Iracema, com a aprovação do marido, recomendou ligeiro:
Filha, ainda bem que você ligou. Antes de mais nada, não esqueça do bolo de Santo Antônio da Igreja do Bom Jesus. Vá buscar sua fatia...
Um agá há mais O empresário Élcio Sartori contou para o dentista Patrício Caldeira de Andrada que construiu sua residência, um sobrado, em uma região estritamente residencial, numa rua fechada no bairro do Ahú. Contou ainda que, no início dos trabalhos, a construtora responsável pela obra colocou uma placa em que constavam a identificação da firma, o nome dos engenheiros responsáveis, etc. e, por fim, uma frase de efeito escrita com letras garrafais: "Uma grande escolha".
Ao ler a frase, um senhor, morador da região, indignado, queria saber com os vizinhos qual a "grande escola" que estava sendo construída numa rua sem saída e que iria acabar com o sossego do bairro. E queria mesmo fazer um abaixo-assinado para mandar para a prefeitura. Aí contaram que ele esqueceu da letra "h".
Os restaurantes preferidos O empresário, publicitário e meu dileto amigo Noazir Arriola indica alguns dos seus restaurantes e pratos preferidos:
1) Ile de France: steak au poivre
2) Barolo: conchiglione de camarão
3) Churrascaria Napolitana de São José dos Pinhais, do simpático, gentil e atencioso sr. Ednir Bramio.
O mergulho do dr. Germano O saudoso dr. Germano V. de Andrade, ex-diretor do Banco Bamerindus, fez parte de uma turma que se deslocou até o Rio Paraguai, no estado de Mato Grosso, com a finalidade de pescar. Ocorre que o dr. Germano se interessava mais pelo passeio do que pela pescaria. Rotineiramente, os pescadores se deslocam até a região da pescaria num barco chamado Mãe, onde se dispersam, seguindo em barcos menores, de onde pescam. Diante de um problema mecânico ocorrido no motor do barco Mãe, dr. Germano se prontificou a ajudar o barqueiro no conserto, enquanto seus companheiros seguiram adiante. Sempre prestativo, enquanto o barqueiro se empenhava no reparo do motor, o doutor assava um peixe. Terminado o almoço, o marinheiro continuou a realizar sua tarefa, enquanto o doutor foi lavar os apetrechos utilizados na refeição, na parte traseira do barco. Nesse momento, o barqueiro conseguiu fazer funcionar o motor e deu partida na embarcação, lançando involuntariamente o dr. Germano nas águas do rio. Sem notar a ausência do seu ilustre visitante, o comandante seguiu adiante, enquanto o doutor nadou por algum tempo até ser resgatado por um dos barcos de alumínio que passavam no local. Sempre alegre, o dr. Germando contou a passagem para o dentista Patrício Caldeira de Andrada, no mais puro estilo "história de pescador", dizendo que só ficou "um pouco receoso" pela possível presença de piranhas e jacarés à sua volta.
A coluna é dedicada ao médico e advogado dr. Jorge R. Ribas, especialista em cirurgia vascular, professor da Universidade Federal do Paraná e da Faculdade Evangélica e autor de livros científicos de Medicina e de Direito.