Quem conta é o Luiz Fanchin Neto: o Clube do Copinho é constituído de atuais e ex-dirigentes do Paraná Clube. Seus membros se reúnem, todas as quintas-feiras há mais de 30 anos, percorrendo os mais diversos restaurantes e bares de Curitiba. Recentemente foram parar na Pastelaria do Japonês, no Juvevê, perto do Hospital São Lucas. Entre eles estava Luiz Carlos Sálvaro, ex-diretor do Bamerindus e hoje diretor da Secretaria de Educação. Quem conhece o estabelecimento sabe das delícias dos pastéis do Japa. Como o Sálvaro ainda não havia estado no local, se socorreu do garçom, que lhe explicou os tipos de pastéis, do normal ao grande. Indagado sobre a diferença de cada um, o garçom, com as duas mãos, mostrou mais ou menos o tamanho dos pastéis. Isso posto, fez o pedido: dois normais. A maioria, que já conhecia o tal pastel, pediu apenas um normal. Quando veio o seu pedido, o Sálvaro ficou admirado e comentou: "Eu pensei que era pequeno conforme me mostrou o garçom." Ocorre que Sálvaro não notou que o garçom mostrara o tamanho com as duas mãos abertas e ele só havia atentado para uma das mãos.
O centroavante telegrafista
Em Piraí do Sul, o futebol nunca foi profissionalizado. O popular Nhoca, sapateiro de mão cheia, tinha na prole bons jogadores. Guacho, o mais velho, jogou no Comercial de Cornélio Procópio; Negro vestiu a camisa do Caramuru de Castro. Nhoca chegou a ser técnico do Operário quando lhe informaram que havia sido transferido para a estação de Piraí um telegrafista com fama de ser muito bom de bola. Tantas foram as maravilhas ditas do tal telegrafista, que era um centroavante exímio em fazer gols, que Nhoca não pestanejou em chamá-lo. Por via das dúvidas, perguntou em que posição jogava. "Sou atacante!", respondeu. Nhoca, mesmo sem nunca ter visto o seu jogo, lhe deu a camisa 9. Foi uma decepção, o rapaz se atrapalhava com a bola e nem sabia chutar direito. No intervalo, Nhoca dirigiu-se ao decantado artilheiro e pediu a camisa, dizendo: "Você nunca foi telegrafista!"