Receita

Bacalhau afrodisíaco

Esta receita me foi apresentada pelo jornalista Eduardo Sganzerla, que estava concluindo um livro sobre culinária. A receita é da sra. Felícia Sampaio, editora culinária do Roteiro Gastronômico de Portugal. Encabulado, poupei os olhos mais sensíveis e pudicos, mudando o nome original (que era "punheta de bacalhau"). Segundo o Eduardo, ele não encontrou uma justificativa para nome tão chulo; nos dicionários existe o termo "punheta de estudante", que é um bolinho de tapioca, ou bolinho de estudante.

Ingredientes: dois ovos cozidos, um pimentão grande verde, duas postas de bacalhau, uma cebola média, dois dentes de alho, sal a gosto, pimenta a gosto, uma colher de sobremesa de salsa picada, seis colheres de sopa de azeite e duas colheres de vinagre.

Confecção: retira-se a pele e as espinhas e desfia-se o bacalhau à mão. Lava-se depois o bacalhau em várias águas frias até perder o sal. Escorre-se bem o bacalhau. Entretanto assa o pimentão, limpe-o e corte-o em tiras. Em uma taça de vidro (presumo que seja pirex), disponha em camadas alternadas as tiras de pimentão, o bacalhau e os ovos cortados às rodelas. Misture o azeite, o vinagre e a pimenta. Ligue bem. Regue tudo com o vinagrete e polvilhe com a cebola, os alhos e salsa previamente picados.

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O Arthur R. de Almeida, agente da Polícia Federal e do setor da comunicação social, fã e leitor assíduo da coluna, conta que em 1978 estudava na Academia Nacional de Polícia, em Brasília; como em todos os ambientes jovens, lá também aconteciam pegadinhas, apesar de todo o rigor do regime disciplinar.

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De manhã era educação física, natação, judô, caratê, enfim, só esporte e esforço físico. À tarde, aulas e aulas. Numa delas, de investigação policial, o professor escreveu no quadro-negro um monte de técnicas, legislação etc. – enfim, um sonífero, tanto que alguns chegavam a roncar. Então, Mazaropi (apelido de um cearense) comunicou ao colega que sentava na cadeira de trás, chamado Jorginho, um carioca gozador, que iria colocar óculos escuros e que iria "cochilar sentado". Logo em seguida, veio um outro professor, chamou o mestre e conversaram por um bom tempo na porta da sala.

Jorginho cutucou o Mazaropi, que acordou assustado, e disse: "O professor pediu para você apagar o quadro enquanto ele termina a conversa com o outro professor". Mazaropi obedeceu prontamente. Quando o professor acabou o papo, viu o quadro apagado. O Mazaropi, apesar de jurar que tinha recebido ordem de fazê-lo, tomou uma bronca "federal" e, ante as gargalhadas da turma, o mestre sentiu que o jovem tinha é caído numa pegadinha.