Conta Luiz Fanchin Jr.: "Por volta de 1930, residia em Colombo um italiano de nome Giuseppe Tozin. Era irmão da minha nonna Mira, ou, como diziam os piraienses, a Vó Diomira. Ele era o mais letrado da colônia, viera da Itália com os imigrantes que desceram em Antonina e subiram a serra vindo parar na então Vila de Colombo, redondezas de Curitiba, que ainda era conhecida como Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Muitos tinham deixado parentes na Itália e sempre tentavam manter contato com os familiares enviando cartas. Como a maioria não sabia escrever, pediam ao zio Beppi (tio José) para passar no papel o que pretendiam informar aos parentes distantes. Uma vez, o tio Beppi pegou uma folha de papel, molhou a caneta no tinteiro (naquele tempo não tinha Bic) e indagou: 'O que você quer que eu escreva?'
'Escreva aí: Vou comprar um grande terreno, onde vou fazer uma grande plantação de uva, de onde vou fazer muito vinho do bom para bebermos e vender e ter um grande lucro', respondeu o sujeito.
O Beppi simplesmente amassou o papel, jogou no lixo, largou a caneta e disse: 'Primeiro compre o terreno, depois talvez eu faça a carta para você'.
Essa história, apesar de ser verdadeira e ter acontecido há muitos anos, se repete a cada dia, principalmente com os políticos que em véspera de eleição prometem fazer isso, aquilo e aquilo mais. Passadas as eleições, nem se lembram mais do que haviam prometido."
Ivan Xavier, Viana e o quiabo
Moacir Viana, ex-ponteiro-direito do Atlético do tempo do "Furacão", e o Jorge Natividade, o Jorginho (o iratiense), que era ponta-esquerda, resolveram tomar um aperitivo na casa do amigo Ivan Xavier Viana. Chegaram, foram entrando e já reclamando por um uisquinho. Ivan só tinha rótulo preto. Mandaram abrir, tomaram uns e outros e reclamaram: "Não tem nada para beliscar?"
Ivan tinha preparado uma panelona de quiabo e serviu aos amigos. Tomaram o litro e comeram todo o quiabo. Depois de horas, se mandaram. Tarde da noite, Ivan recebeu um recado: o Viana tinha tido um enfarte e feito cinco pontes de safena. Já fora da UTI, Viana recebeu a visita do Ivan e reclamou: "Que quiabo ruizinho, hein Ivan!"
Jacir "não" trabalha
Nos bons idos dos anos 80, o professor Jacir Venturi lecionava Matemática de manhã, de tarde e de noite, em diversos locais. Um dia, ficou indignado com a pergunta de um aluno: "E daí, professor, você só dá aula, não trabalha?"
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