Nas décadas de 70 e 80, as provas de Geometria Analítica eram feitas aos sábados, às 7 horas da manhã, na chamada "câmera de gás" do Centro Politécnico.
Os professores Leo Barsotti, Osny Dacol (de saudosa memória), Ana Maria N. de Oliveira, Luci Watanabe, Ivo Riegler e Jacir Venturi, mais pareciam um pelotão de fuzilamento.
Participavam cerca de 700 alunos. "Quem não cola não sai da escola" era a filosofia dos estudantes. Boa parte deles passava a noite em claro preparando-se para aquele "Inferno de Dante".
Às 4 horas da manhã do dia da prova, toca o telefone na residência do professor Jacir Venturi:
Jacir, assustado, atende:
Alô...
O Napoleão está?
Aqui não tem nenhum Napoleão!
Mas o que é que o cavalo dele está fazendo aí?
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A sacanagem do Lerner Na gestão do Jaime Lerner na Prefeitura de Curitiba, Baldur Magno Gruba era o diretor do Departamento Rodoviário Municipal.
Conta o engenheiro Ubirajara Orestes DellOso que, um belo dia, Gruba resolveu ir pescar em Santa Catarina e estava em alto-mar com amigos de Florianópolis, quando foi avisado, via rádio, que o Lerner queria falar com ele urgente. Interrompeu a pescaria e já no Iate Clube telefonou para o prefeito.
O que foi que aconteceu? indagou o Gruba.
Jaime respondeu candidamente:
Só queria saber onde você está!
O Joãozinho de Rio Negro Na década de 60, Seu Joãozinho vendia verduras em Rio Negro (Black River, segundo o Nereu Toniatti me contou poucas horas antes de dar uma trombada).
No seu carrinho tinha uma placa:
Não carrego polícia, padre e p.t.a.
Foi chamado pelo prefeito, tomou um pito e mudou o texto de seu veículo.
Apaguei, mas não carrego!
Os ensinamentos do Minelli Nos tempos em que era o "Prefeito da Vila Capanema", o Luiz Fanchin Jr, com todos os seus 40 anos de experiência, conviveu com o técnico Rubens Minelli e ouviu muitos ensinamentos sobre os jovens no futebol. Num dos jantares regado ao vinho italiano Valpoliciela era o representante , Minelli contou da sua vivência com jogadores jovens que passavam das equipes de base para os profissionais, e sentenciava:
Podem comprovar: o garoto que entra mesmo nos últimos minutos, e que demonstra em campo sua habilidade com a bola, minha observação maior deixava para vê-lo após o banho. Se ele saia de nariz empinado, pode dispensar: a máscara já tomou conta de sua personalidade.
Dos garotos que o Minelli apontou como enquadrados no perfil acima, nenhum teve destaque no profissionalismo.
Joanin Gobbo e o olho de vidro João Batista Gobbo Joanin foi um dos primeiros motoristas de táxi de Ponta Grossa. Antigamente chamávamos de chauffer da praça. Joanin Gobbo era sobrinho da minha bisavó Margarita Gobbo Malucelli.
Joanin em 1924 foi para Itália extrair uma das vistas e voltou com um olho de vidro.
Era um homem bem humorado e uma atração para a criançada quando batia um copo no olho falso. Mas sempre advertia que não fizessem o mesmo.
Contava histórias do seu tempo de taxista, especialmente sua ida a Guarapuava buscar Santos Dumont, que havia visitado as cataratas do Iguaçu e que, até aquela cidade, viajara de carroça e em lombo de burro.
Mas Joanin Gobbo ficou famoso pela "pegada" que fazia nos amigos, logo que voltou da Itália.
Apostaram que morderia um olho.
Os amigos não sabiam que ele havia voltado com um olho de vidro. Apostaram e perderam.
Joanin simplesmente tirou o olho de vidro e mordeu. Era o olho esquerdo. Depois desafiou para outra aposta:
Mordo o outro olho...
Aí todo mundo apostou. Dinheiro recolhido, simplesmente tirou dentadura e mordeu o olho direito.
"Farofa" e a coluna do Malu Num jantar do "Gourmey", um grupo de amigos que se reúne uma vez por mês na Proinstel, indústria do sr. Johanes Mey, o "holandês voador", Luiz Penteado Alves, o "Farofa", fez sua graça.
Ao comentarmos de nossa alegria pela "coluna" estar na internet, sapecou:
Ainda bem que ela está na UTI.
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A coluna é dedicada ao empresário Luiz Carlos Gonçalves, o Ticaia, revendedor de veículos, e um amigo alegre e brincalhão.
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Espagheti alho e óleo de anchova
Meia dúzia de anchovas na salmoura. Lavar bem. Seo Ivo Lovato dizia que no Mercado Municipal tem um box que vende um produto espanhol ou argentino de boa qualidade. Corte miudinho. Seis dentes de alho picados; 2/3 de um copo de azeite de oliva; cozinhar durante cinco minutos, mexendo bem.
À parte, cozinhar 500 gramas de espagheti al dente. Misturar o molho no espagheti escorrido e "mangiare". Não se usa queijo nesse tipo de molho.
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